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Amal Clooney e Nadia Murad enfrentam o Estado Islâmico em tribunal

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Kena Betancur / EPA

Amal Clooney e Nadia Murad, jovem iraquiana que foi escrava sexual do Daesh, com o ministro dos Negócios Estrangeiros de França.

Amal Clooney leva o Estado Islâmico a tribunal por causa da jovem iraquiana Nadia Murad que foi escrava sexual do grupo terrorista.

Amal Clooney, a mulher do famoso actor George Clooney, vai enfrentar o Estado Islâmico em tribunal. O próximo caso da advogada especializada em direitos humanos é o da jovem iraquiana que foi escrava sexual do Daesh e recentemente, nomeada Embaixadora da ONU.

Considerada uma das advogadas especializadas em direitos humanos mais competentes do mundo, Amal Clooney, que é também Embaixadora da Boa Vontade da ONU, aceitou representar a jovem iraquiana Nadia Murad, de 23 anos, num processo contra a organização terrorista Estado Islâmico.

Nadia Murad foi sequestrada e transformada em escrava sexual do Daesh em 2014.

Murad conseguiu fugir, após três meses de cativeiro, e a semana passada tornou-se a primeira vítima de crimes de tráfico humano a ser nomeada Embaixadora da Boa Vontade da ONU.

Com apenas 19 anos, viu a mãe e seis dos seus oito irmãos serem assassinados, antes de ser capturada e violentada por dois homens até perder a consciência.

A jovem, que conseguiu fugir para um campo de refugiados, antes de procurar asilo na Alemanha, contou no Conselho de Segurança da ONU que o Daesh a levou com as duas irmãs e outras mulheres da família para uma região dominada pelo grupo terrorista.

@Teymour_Ashkan / Twitter

Nadia Murad, sobrevivente do Daesh nomeada embaixadora da ONU, com Ban Ki-Moon

Nadia Murad, sobrevivente do Daesh nomeada embaixadora da ONU, com Ban Ki-Moon

“Num prédio, trocaram crianças como se fossem recompensas. Um deles chegou a mim, queria levar-me. Olhei para o chão, petrificada, e quando levantei a cabeça, vi um homem gigante. Parecia um monstro. Ali mesmo tocaram-nos e violaram-nos”, recordou Nadia num relato que emocionou os representantes do Conselho de Segurança.

Após ouvir o depoimento da jovem, Amal Clooney afirma que não teve outra opção a não ser levar o caso à justiça.

“Não há como combater uma ideia assim. Acho que uma das formas de punir o Estado Islâmico é expondo as suas atrocidades e corrupção. E uma forma de fazer isso é com o julgamento”, disse a advogada numa entrevista ao programa americano “Today Show” da NBC.

A advogada inglesa, que é descendente de libaneses, também garantiu que não tem receio das ameaças de morte que têm surgido contra si e contra Nadia Murad.

Amal Clooney fez poderoso discurso na ONU

Na passada sexta-feira, Amal Clooney discursou na Assembleia Geral da ONU, depois da nomeação de Nadia Murad como Embaixadora da Boa Vontade, e disse estar “envergonhada como ser humano” por se continuar “a ignorar o pedido de socorro” daqueles que sofrem às mãos do Daesh, nomeadamente da etnia yazidi de que a jovem iraquiana faz parte.

“Esta é a primeira vez que falo nesta câmara. Gostaria de poder dizer que estou orgulhosa de aqui estar, mas não estou. Estou envergonhada como apoiante das Nações Unidas por os estados estarem a falhar na prevenção e até na punição deste genocídio porque acham que os seus próprios interesses se metem no caminho”, disse Amal Clooney.

Num discurso de oito minutos, a mulher de George Clooney também pediu desculpa a Nadia Murad em nome dos lideres mundiais – por não fazerem mais para ajudar mulheres como ela.

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4 Comments

  1. Pois, e o auto proclamado Estado Islâmico vai fazer-se representar no Tribunal por quem? Que palhaçada, o que se faz para parecer “bonito” e “aparecer”….

    • Exactamente.
      George Clonney tem várias mansões multi milionárias com dezenas de quartos cada uma, quantos refugiados tem ele nelas?
      ZERO.
      Enquanto isso anda-se a queixar a Merkel para trazer mais refugiados, tenho família na Alemanha que já tem medo de sair a rua, não só as mulheres, homens também, se não é assaltos é violações todas as semanas.

      Amal Clonney agora vai aproveitar a deixa e voltar a pedir a mesma coisa:
      “Tragam todos, eu tenho seguranças privados e várias casas fechadas a sete chaves com muros de 15 metros, mas isso não impede que eu goze com Donald Trump por ele querer construir um murro na fronteira com o México é para com a pouca vergonha do tráfego de drogas e pessoas.”

    • Vai ser condenado à revelia mas isso não serve de nada às vítimas. Esta advogada já foi defensora se não de militantes do DAESH foi doutros similares. A fama é a melhor forma de subir na carreira.

  2. De louvar a coragem da vítima e também da advogada. Verdadeiramente louvável e espero que este se torne um caso mediático que dê a conhecer ao mundo essas atrocidades.

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