O Presidente da República afirmou que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve estar em funções dentro de “10 a 12 dias” e que será ela a tratar a questão da reestruturação e dos trabalhadores.
“A informação que tenho é que a administração que vai sair e que escreveu a carta há 15 dias aceitou ficar até hoje, isto é, até haver a substituição. Portanto, já depois da carta aceitou ficar até entrar uma nova administração, que eu espero que aconteça nos próximos 10 a 12 dias“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa esta terça-feira, à margem de uma visita ao Instituto Politécnico de Bragança.
Questionado sobre a questão da CGD, a carta de demissão da atual administração e as notícias que apontam para a dispensa de 2.500 trabalhadores, o chefe de Estado referiu que não há “vazio” no banco público, porque “felizmente” a atual administração “aceitou ficar para não haver um buraco, um vazio”.
No entanto, lembrou que quando promulgou o diploma legal sobre a CGD chamou a atenção para demora neste processo.
Questionado se esta questão prejudica a instituição, Marcelo disse que “não”, precisamente porque a administração está em gestão até à entrada em funções dos novos administradores, que acontecerá dentro “de 10 a 12 dias”.
“Em qualquer caso há que agradecer à administração o ter aguentado a situação, mantendo a gestão da Caixa”, frisou.
Sobre a situação dos trabalhadores, Marcelo Rebelo de Sousa disse que espera que “dentro de dias a situação esteja resolvida”.
Referiu ainda que, quanto à dispensa, trata-se de uma questão que está incluída no plano de reestruturação e um tema que vai ser tratado pela nova administração.
Quanto à reunião em Bruxelas, onde vão ser discutidas as sanções a Portugal, o Presidente da República referiu não querer antecipar comentários e que durante a tarde já haverá novidades sobre este assunto.
/Lusa