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Se o Bloco mandasse, o Banif não teria sido entregue ao Santander

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José Sena Goulão / Lusa

Catarina Martins na X Convenção do Bloco de Esquerda

Catarina Martins na X Convenção do Bloco de Esquerda

Catarina Martins inaugurou, este sábado, a X Convenção do Bloco de Esquerda com um discurso assente nas novas responsabilidades do partido como aliado do governo PS.

No pavilhão desportivo do Casal Vistoso, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, enalteceu o resultado do partido nas últimas legislativas, mas reconheceu que se tivesse mais força, o Banif “não teria sido entregue ao Santander”.

“Tivesse o Bloco tido mais força e o Banif não tinha sido entregue ao Santander. Tivesse o Bloco mais força e o governador do Banco de Portugal não continuava a assustar o país com ameaças de colapso bancário umas atrás das outras. Tivesse o Bloco mais força e Portugal não tinha assinado com a Turquia a vergonha do acordo anti-humanitário que é o contrário do que a Europa tinha que fazer”, sustentou a porta-voz bloquista, aplaudida por centenas de militantes e apoiantes em Lisboa.

O “projecto falhado” da União Europeia

Antes do discurso na Convenção, à entrada para o pavilhão desportivo do Casal Vistoso, Catarina Martins falou com os jornalistas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, decidida pelos britânicos em referendo.

A porta-voz do Bloco considerou que “este não é o momento dos países saltarem com cartadas de referendos”, mas de “pôr em cima da mesa alternativas pensadas” para depois haver “espaços que possam ter legitimidade democrática”.

Já o antigo coordenador do BE, Francisco Louçã, considerou, à entrada para a Convenção, que a UE é um “projecto falhado” que “redundou em autoritarismo e finança selvática sobre as pessoas”.

O economista reforçou ainda que Portugal, em concreto, tem um problema com o “Euro, o autoritarismo europeu, mas sobretudo um problema de resolver no dia-a-dia as suas prioridades”.

Eleições autárquicas serão “prova fundamental”

Na intervenção do arranque da X Convenção do BE, Catarina Martins sublinhou que o Bloco orgulha-se de uma “intervenção cada vez mais consistente” a nível autárquico.

“Encontramo-nos nas lutas por um país pensado para as pessoas, desenhado para a inclusão, projectado para os desafios do futuro. Dentro de ano e meio, as eleições autárquicas serão uma prova fundamental para dar força a essa experiência e responsabilidade que cresce”, sustentou a bloquista.

Nas últimas eleições autárquicas de 2013, o BE perdeu a única presidência de Câmara que detinha no país, a de Salvaterra de Magos.

A X Convenção bloquista, que decorre até domingo, tem como lema “Mais força para vencer” sendo o vermelho a cor dominante do pavilhão.

Na reunião serão debatidas e votadas três moções de orientação política, sendo que a primeira, afecta à direcção, junta as principais tendências do BE, ao contrário do que se passou em 2014, quando a IX Convenção terminou sem uma liderança do partido, após um empate entre as listas de João Semedo e Catarina Martins e a de Pedro Filipe Soares na eleição para a Mesa Nacional.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. Se o Bloco mandasse?
    Quem é que manda não é o Bloco e o PCP?
    O quê?
    Já querem fugir às responsabilidades?
    Fogo não há mesmo político que se aproveite
    É só bandidagem

  2. A Catarina vai suceder ao Costa e depois teremos o paraíso prometido porque segundo ela já estamos para lá a caminhar, a situação dos portugueses segundo ela e a sua quadrilha já está muito melhor desde que a troika de esquerda se apoderou do Poder.

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