O candidato republicano às eleições de novembro, nos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou que poderá ganhar a Presidência sem o apoio do seu partido, se for necessário.
“Estaria muito bem se os republicanos se mantiverem unidos”, disse Trump numa entrevista emitida este dmomingo, pela cadeia NBC, tendo recordado que é “um candidato diferente” dos que tradicionalmente têm representado esse partido.
“Creio que posso ganhar de qualquer forma. Posso ganhar de uma forma ou de outra. Ganhei as primárias sem eles. Sou alguém que vem de fora e ganhei as primárias”, avançou ao ser questionado sobre a possibilidade de perder o apoio do núcleo do seu partido.
O jornal Washington Post noticiou que “dezenas” de republicanos opositores a Trump estão a traçar um plano para evitar que se transforme no candidato do partido na convenção que se celebrará dentro de um mês em Cleveland (Ohio), mediante mudanças das regras que regem a reunião do partido.
Trump Classificou esse plano de “ilegal” e sugeriu que se trata de uma informação “falsa” e “inventada pela imprensa”.
“Primeiro de tudo, é ilegal. Segundo, não podem fazê-lo. Terceiro, nós – não eu – temos quase 14 milhões de votos no sistema das primárias”, afirmou Trump a partir de Las Vegas.
O presidente da convenção dos republicanos, Paul Ryan, esclareceu este domingo que não vai bloquear uma eventual rebelião dos delegados contra Donald Trump na reunião do partido, que está agendada para Julho.
Em entrevista à NBC, o mais alto representante do partido no Congresso disse que “a última coisa que vai fazer é dizer aos delegados o que fazer” e que se vai limitar a conduzir os trabalhos de forma “clara, honesta e seguindo as regras”.
“Eles ditam as regras, eles tomam as decisões”, sublinhou. “A última coisa que faria seria dizer a alguém para fazer algo contrário à sua consciência”, insistiu.
Uma sondagem divulgada na semana passada pela Bloomberg mostrou Hillary Clinton cada vez mais destacada e com uma vantagem de dois dígitos a nível nacional: a democrata recolhe 49% das preferências, contra apenas 37% que confiam o seu voto a Trump.
ZAP / Lusa
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