Thomas Mair, o presumível suspeito do assassínio, na quinta-feira, da deputada britânica pró União Europeia (UE) Jo Cox, gritou “morte aos traidores” e “liberdade para o Reino Unido” ao ser interrogado pela primeira vez no tribunal londrino de Westminster.
Na primeira sessão de interrogatório, que teve lugar este sábado, Thomas Mair, de 52 anos, recusou confirmar a sua identidade e foi acusado de homicídio voluntário da deputada trabalhista britânica, de 41 anos, morta a tiro quando fazia campanha na sua circunscrição de Bisrtall, norte de Inglaterra, a favor da manutenção do Reino Unido na UE, cujo referendo se realizará na próxima quinta-feira.
A reação do suspeito ocorreu depois de ter sido acusado da morte da deputada trabalhista britânica durante o interrogatório no Tribunal de Westminster, onde são normalmente julgados os crimes ligados ao terrorismo.
Segundo a agência France Presse, 48 horas após o assassínio de Jo Cox, que era casada e tinha duas filhas menores, a emoção continua presente no Reino Unido.
Este sábado, os partidários do “sim” e do “não” mantiveram suspensas as respetivas campanhas para o referendo sobre uma eventual saída de Inglaterra da UE, conhecido por “Brexit”.
Boris Johnson, líder pró-Brexit, não efetuará qualquer comício em Birmingham, como estava previsto, enquanto o movimento “Britain Stronger In” (Reino Unido Mais Forte Dentro) anulou dezenas de iniciativas em todo o país.
Várias figuras políticas, como Jeremy Corbyn, George Osborne ou o líder nacionalista Nigel Farage, deverão aparecer apenas no domingo na televisão em emissões de cariz político. David Cameron, primeiro-ministro britânico, será entrevistado à noite na BBC.
ZAP
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