Moon Ribas, bailarina e ativista espanhola, incorporou no corpo um chip que lhe envia dados de actividade sísmica de todo o mundo. Quando há um terramoto em algum canto do planeta, o chip vibra em função da sua magnitude – que a bailarina exprime nas suas coreografias.
A artista catalã Moon Ribas começou a integrar tecnologia nas suas performances durante um intercâmbio que fez em Amesterdão, na Holanda. Incorporou um chip no braço, e comprometeu-se consigo própria a “manter uma conversa eterna com o planeta Terra”.
Quando há um sismo em qualquer parte do mundo, o chip instalado no corpo da bailarina vibra, com uma intensidade que reflecte a sua a magnitude – e Moon Rivas incorpora essa experiência então nas suas coreografias.
É uma forma, diz Moon Ribas em entrevista à Sputnik News, de “reflectir a incerteza das pessoas que vivem em áreas onde há falhas geológicas”.
O chip, instalado no cotovelo da bailarina, está quase constantemente em movimento, respondendo com vibração aos tremores da terra, independentemente de Ribas estar ou não a actuar nesse instante.
Se acontecer enquanto está a falar com alguém, Ribas tem que parar por um momento.
A dançarina admite que a Terra interrompe a sua vida todos os dias. Mas, diz a bailarina-ciborgue, “é uma sensação muito agradável”.
Moon Ribas considera-se uma verdadeira ciborgue. “Tenho a cibernética no meu corpo, sinto-me unida à cibernética, não apenas fisicamente, mas também mentalmente”, diz. “Tenho um novo sentido, criado através da união entre cibernética e o corpo humano”, revela a bailarina.
Isso permite a Moon fazer “arte ciborgue”, que considera ser a “criação de novos sentidos”. A artista catalã é casada com Neil Harbisson, músico e artista catalão nascido no Reino Unido, que tem acromatopsia: vê o mundo a preto e branco.
Neil é incapaz de ver cores, e usa a música para as “ouvir”, com uma antena especial. A Eyeborg, que usa desde os 21 anos, permite ao músico “ouvir as cores” do mundo que o rodeia. Há 6 anos, Moon e Neil Harbisson fundaram a Cyborg Foundation, organização cujo objectivo é ajudar as pessoas a tornarem-se ciborgues.
“A Fundação tem basicamente 3 objectivos: ajudar as pessoas a transformar-se em ciborgues, defender os direitos dos ciborgues e promover o ciborguismo como movimento social e artístico”, diz Ribas.
Para a bailarina, o futuro da Terra é uma terra de ciborgues.
“A minha geração e as gerações mais velhas tinham um preconceito, também presente nos filmes de ficção, de que a união entre humanos e tecnologia era má. Mas não tem que ser assim”, diz.
No futuro, “as pessoas vão implantar coisas. Creio que terão menos medo disso. Como agora, que já é mais normal fazer tatuagens para sempre. “Vai acontecer o mesmo com os implantes”, diz Moon Ribas, a primeira ciborgue (se calhar, de nove).
AJB, ZAP // SN
Sim sim o futuro da terra será isso pois … esta gente ou procura atenção ou tá doida por completo! O futuro da terra tá no respeito pelas outras espécies e pelo meio ambiente, de forma a termos um planeta e eco sistemas equilibrados e sustentáveis. A tecnologia tem como objectivo auxiliar e facilitar a vida ao homem mas não ser parte principal do homem. Neste andamento ao invés de termos a tecnologia a ajudar o ser humano teremos (e é se já não temos) o homem escravo da tecnologia, ao invés de uma percentagem de tecnologia fazer parte das nossas vidas, serão as nossa vidas uma pequena percentagem da tecnologia que incorporará o planeta?!?!? Será isto mesmo que queremos??
E parece que ninguém aprendeu nada com o Terminator…
Chama se transhumanismo, e não vejo qualquer problema nisso, pior é I.A. isso é uma verdadeira caixa de pandora que pode acabar com todos.
Diria uma simbiose com a tecnologia, desde que aprendemos a mexer com o fogo.