O Ministério Público anunciou hoje a reabertura do inquérito sobre o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, mais de seis anos depois do desaparecimento da criança, depois de a Polícia Judiciária ter apresentado novos elementos.
Uma nota da Procuradoria Geral da República (PGR) adianta que o Ministério Público (MP) determinou a reabertura do inquérito segundo a lei processual penal que diz que “o inquérito só pode ser reaberto se surgirem novos elementos de prova que invalidem os fundamentos invocados pelo MP no despacho de arquivamento” do caso.
A PGR esclarece ainda que a reabertura do inquérito, que tinha sido encerrado em 2008, surge na sequência da proposta da PJ e atendendo à “apresentação de novos elementos indiciários que justificam o prosseguimento da investigação”.
Há dez dias, a polícia de Londres divulgou uma imagem gerada por computador de um possível suspeito do desaparecimento. Os investigadores britânicos, que também estão a trabalhar no caso, dizem que é possível que Madeleine, desaparecida no Algarve em 2007 pouco antes do seu 4º aniversário, ainda esteja viva. Segundo a polícia, as imagens foram baseadas em informações de testemunhas que viram um homem no resort português no dia em que a menina foi vista pela última vez.
Numa entrevista concedida nesta quinta-feira, Kate McCann e Gerry McCann afirmaram estar “muito satisfeitos com a decisão” do Ministério Público português. “Esperamos que agora, finalmente, a Madeleine seja encontrada e que descubram o responsável por esse crime”, disseram.
O advogado dos pais de Maddie revelou hoje que o casal foi informado de que os novos indícios, na base da reabertura do inquérito, “em nada apontam para a responsabilização” dos progenitores de Madeleine McCann. As declarações foram dadas quando questionado sobre a possibilidade de Gerry e Kate MaCann poderem vir a ser novamente constituídos arguidos.
“A família foi informada de que os novos indícios em nada apontam para a responsabilização dos pais [de Madeleine]”, garantiu o advogado.
MA / Lusa
Caso Maddie
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