A Polícia Judiciária realizou esta quarta-feira buscas na Casa do Gaiato, em Santo Antão do Tojal, e em quatro outras Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ligadas ao Patriarcado de Lisboa.
De acordo com o Público, as buscas foram efetuadas pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ no âmbito de um inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, e destinavam-se à recolha de documentos e outros indícios que possam contribuir para a investigação.
O Diário de Notícias relata que inspetores da PJ foram na manhã desta quarta-feira à casa paroquial de um padre que foi constituído arguido por peculato (desvio de dinheiro público por funcionário) e que participou na gestão de cinco Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do Patriarcado de Lisboa, entre elas a Casa do Gaiato.
Uma fonte policial revelou que as investigações foram desencadeadas por uma denúncia anónima recebida pela Polícia Judiciária, quando a vida de luxo do padre Arsénio Isidoro, ligado a várias instituições privadas de solidariedade social, levantou suspeitas.
O religioso terá sido visto a conduzir um Porsche Panamera, motas de alta cilindrada e fazia férias no estrangeiro com regularidade, recorrendo a milhares de euros desviados.
A Operação Veritas, iniciada em meados de 2014, “tem por objeto a presumível atos de gestão fraudulenta de entidades privadas com utilidade pública consubstanciadas em apropriações indevidas para aquisição de bens de luxo”, comunicou a PJ.
A ação incluiu ainda dez buscas em instalações religiosas em Loures e outros locais da zona Oeste de Lisboa e em casas de dirigentes ligados a essas IPSS, mas de acordo com fonte da PJ não foram feitas detenções.
Um dirigente de uma das cinco IPSS visadas também foi constituído arguido nesta operação pelo crime de peculato.
De acordo com o Correio da Manhã, a polícia já recolheu provas suficientes do crime de peculato e gestão danosa.
Actualização:
O Director da Obra do Padre Américo-Casa do Gaiato, Padre Júlio, enviou ao ZAP um esclarecimento público acerca da Casa do Gaiato do Tojal, que transcrevemos abaixo.
«Relativamente à notícia que no dia 23 de Março correu nos meios de Comunicação Social referente à Casa do Gaiato do Tojal, a Obra da Rua ou Obra do Padre Américo, onde nasceram as Casas do Gaiato pela mão do Padre Américo, Pai Américo para os da família de dentro e de fora, informa que esta Casa do Gaiato do Tojal deixou de pertencer à nossa Obra em 2006, portanto há 10 anos, passando a ser propriedade do Patriarcado de Lisboa, ficando a nossa Obra alheia e sem qualquer interferência na referida Casa. Para evitar confusões como esta, o que já sucedeu várias vezes nestes últimos 10 anos, e em abono da verdade, sempre consideramos que a citada Casa deveria alterar a sua denominação.»
Actualizado a 28 de Março de 2016
ZAP
Porque é que ,ao contrário que “qualquer mija na escada “,não botam a fotografia do “padre”?
Os padres ou qualquer outra pessoa na hierarquia da igreja, embora não sejam perfeitos, tinham de dar bons exemplos, já que têm a mania de serem os verdadeiros moralistas (na minha opinião, a maioria da moral invertida).
Mais um…
Continuem a apoiar a estupidificação das pessoas através das religiões e depois queixem-se que o mundo não anda bem!…