O jovem de 15 anos poderá ter sido assassinado depois de um desentendimento com o padrasto, depois de este saber que rapaz lhe tinha roubado dinheiro para comprar um telemóvel.
A compra de um telemóvel, com dinheiro roubado ao padrasto, poderá estar na origem do desentendimento que levou ao homicídio de Rodrigo Lapa, avança o jornal Público.
O jovem, que estava desaparecido desde a semana passada, foi encontrado já sem vida esta quarta-feira num terreno próximo à casa onde vivia, em Portimão, no Algarve.
Segundo o mesmo jornal, o adolescente queria comprar um telemóvel, mas nem a mãe nem o pai, ambos desempregados, podiam oferecer-lhe. Rodrigo terá então decidido usar dinheiro do padrasto, que também está desempregado, mas que há já algum tempo fazia trabalhos ocasionais para juntar dinheiro para voltar ao Brasil, o seu país de origem.
O jovem chegou a comprar o telemóvel com o dinheiro roubado e, quando o companheiro da mãe descobriu, isso terá levado ao desentendimento que, segundo a PJ, provocou o seu assassinato.
A autópsia realizada ontem confirma que o rapaz de 15 anos morreu por estrangulamento, mas não da forma como se pensava anteriormente.
As buscas encontraram o corpo em avançado estado de decomposição e com um cabo elétrico enrolado ao pescoço. No entanto, a análise permitiu concluir que não foi essa a causa da morte do jovem e que os vestígios deixados no corpo apontam para que o estrangulamento tenha sido realizado apenas com a força de um braço.
A autópsia já foi concluída mas terão que ser realizados exames complementares que podem demorar entre seis a oito semanas, disse à agência Lusa fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
Ainda de acordo com o Público, não é certo onde terá ocorrido o crime, mas a PJ continua a acreditar que Rodrigo terá sido morto entre a casa onde vivia e o local onde foi encontrado.
O padrasto de Rodrigo, Joaquim Pinto, mantém-se assim como o principal suspeito, tendo voltado para o Brasil no mesmo dia em que o rapaz foi dado como desaparecido.
Se o suspeito decidir manter-se no Brasil, poderá permanecer em liberdade uma vez que Portugal não possui acordos de extradição com esse país.
As autoridades portuguesas têm agora duas opções: julgar o suspeito e emitir um mandado de captura internacional ou remeter o processo para o Brasil e deixar que sejam as autoridades de lá a julgar Joaquim.
Ainda durante o dia de ontem, surgiu a informação de que o jovem estava sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Lagoa desde o divórcio dos pais. O processo transitou para a comissão de Portimão, depois de o jovem se ter mudado para a casa da mãe.
ZAP
Este país está-se a transformar num Texas da era dos cowboys, são famílias desfeitas ao mais pequeno abalo esquecendo-se das responsabilidades para com os filhos, são os jovens exigentes e ambiciosos de tudo não percebendo sequer que primeiro é necessário ganhar o dinheiro para depois o poder gastar, anda tudo descontrolado e já se mata uma pessoa pelo mais pequeno desvio ou por simples vingança e no meio de tudo isto muita coisa vai mal ao influenciarem as pessoas ao consumo e a outras extravagâncias ofensivas da moral e dos valores humanos.
Mais um cidadão brasileiro exemplar!…