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Portugal em planalto: mais 9 mortes e 187 casos

António Cotrim / Lusa

Portugal regista, esta quinta-feira, 1.184 mortes (mais 9 do que no dia anterior) relacionadas com a covid-19 e 28.319 infetados.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira, Portugal regista mais nove mortes por covid-19, um aumento de 0,8 % que eleva para 1.184 o total de vítimas mortais. Há mais 187 casos em relação a quarta-feira, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,7%.

O boletim revela ainda que há, atualmente, 680 pessoas internadas (um decréscimo percentual de 1,7%), das quais 108 estão nos cuidados intensivos – mais cinco do que na quarta-feira (+4,9). Foram ainda dadas como recuperadas mais 16 pessoas, subindo assim para 3.198 o número total de curados no país.

O número de casos suspeitos registou um aumento de 1,2% (mais 3.324, num total de 286.285) e o número de casos não confirmados subiu 1,2% (mais 3.147, num total de 255.290).

O Norte continua a ser a região com o maior número de casos, mas Lisboa e Vale do Tejo voltou a ter um aumento maior: mais 120 casos num total de 7.767, uma subida percentual de 1,6%. Isto significa que 64,2% dos novos casos nas últimas 24 horas foram nessa região. O Norte teve mais 54 casos, um aumento de 0,3% num total de 16.166.

Houve ainda subidas em mais duas regiões: mais dez casos no Centro (0,3%, num total de 3.569) e mais três no Sul (0,9%, num total de 354). Alentejo, Açores e Madeira não registaram novos casos.

Na habitual conferencia de imprensa desta quinta-feira, António Lacerda Sales informou que a taxa de letalidade global é de 4,2%, enquanto que a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 15,4%. “As pessoas em tratamento no domicílio são 82,1% dos casos e a percentagem em internamento 2,4%, sendo que 0,4% em unidade de cuidados intensivos e 2% em enfermaria”, adiantou ainda o secretário de Estado da Saúde.

Desconfinamento não teve impacto na curva

“Passaram mais de 10 dias sobre as medidas de desconfinamento e não se refletiu ainda, não quer dizer que não venha refletir-se, qualquer influência nessa curva. Tudo indica que, apesar de termos desconfinado e retomado a atividade, que os portugueses mantêm as medidas de segurança”, disse a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas frisou que “é expectável que todos os dias surjam 200 a 300 novos casos”, uma vez que em algumas regiões do país o vírus “ainda circula bastante e podem surgir pequenos surtos”.

“Basta um surto numa fábrica, numa creche e basta que pessoas sejam apanhadas num rastreio como positivas que aumenta de facto o número de casos. Estamos dentro do que é normal e expectável para a evolução da epidemia” em Portugal, acrescentou.

Graça Freitas afirmou que “há um forte dispositivo assistencial do Serviço Nacional de Saúde” que tem funcionado e permitido que “a curva se mantenha dentro do que é expectável” para Portugal, destacando a capacidade de detetar casos de covid-19, bem como isolá-los e rastrear os contactos.

“No entanto ainda não acabou, vamos ter casos todos os dias e temos de continuar a fazer força sob a mola e contrariar essa tendência”, precisou.

Por sua vez, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, sublinhou que “a confiança não deve ser excessiva”, apesar da curva estar estabilizada. “Queremos que os portugueses tenham confiança, mas com a salvaguarda de segurança”, disse, apelando mais uma vez aos portugueses para que não facilitem.

A diretora-geral da Saúde falou também do R (número médio de contágios causados por cada pessoa infetada), referindo que em Portugal “o R está à volta de um”.

Graça Freitas ressalvou que este parâmetro “é apenas um dos indicadores para perceber como está a epidemia”, existindo outros como os novos casos diários e os números de internamentos e de internamentos em cuidados de intensivos.

“O R nacional anda à volta de um, mas há pequenas assimetrias regionais. Neste momento, Lisboa Vale do Tejo tem um R ligeiramente acima ao resto do país, porque é a região que tem registado mais casos nos últimos dias, mas não é um número elevado”.

ZAP //

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