Pior só 2008. Maiores bancos mundiais despediram mais de 60 mil pessoas em 2023

Os maiores bancos mundiais despediram quase 62 mil pessoas, em 2023. É o pior registo desde 2008, mas, ainda assim, muito longe dos números desse ano.

Este ano, os 20 maiores bancos do Mundo deixaram desempregadas mais de 60 mil pessoas.

De acordo com o Financial Times (FT), o maior corte veio da Banca de Investimento, que, devido às altas taxas de juro, perdeu o interesse dos investidores.

Além disso, como detalha o ECO, baseado na análise do FT, a queda das receitas na banca de investimento devido à contração do mercado de M&A (fusões e aquisições) e as entradas em bolsa levaram Wall Street a proteger a margem de lucro com a redução de pessoal.

Contratações revertidas

Parte das contratações feitas após o fim da pandemia de covid-19 foram agora revertidas – numa reversão deverá continuar em grande escala, no próximo ano.

O recordista nos despedimentos foi o USB, que após a aquisição da Crédit Suisse, desempregou 13 mil pessoas.

Logo a seguir vem o Wells Fargo, com a eliminação de 12 mil postos de trabalho.

A fechar o pódio está o Citigroup, com o despedimento de cinco mil trabalhadores.

“Não há estabilidade, investimento ou crescimento na maioria dos bancos. É provável que haja ainda mais cortes”, explicou, ao Financial Times, Lee Thacker, proprietário da empresa de recrutamento de serviços financeiros Silvermine Partners.

Já desde 2007/2008 que não havia tantos despedimentos no setor. Nesse período de crise financeira, os maiores bancos mundiais deixaram desempregadas cerca de 140 mil pessoas.

ZAP //

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