Há 50 mil empregos no turismo para refugiados ucranianos

A falta de mão-de-obra no setor do turismo deixa em aberto 50 mil empregos para refugiados ucranianos. Empresas portuguesas mostram-se recetivas.

A guerra vivida na Ucrânia levou o Governo a aprovar, esta semana, uma resolução que contempla um conjunto de requisitos simplificados para a obtenção de proteção temporária, para refugiados.

Entretanto, até ao início da manhã de sábado, já foram registadas mais de 11.500 ofertas de emprego para refugiados ucranianos na plataforma criada pelo IEFP. As empresas portuguesas podem carregar as oportunidades de emprego que têm disponíveis para os refugiados na plataforma do IEFP.

Dada a falta de mão-de-obra e a aproximação do verão, o setor do turismo é um dos mais apelativos para refugiados ucranianos.

“Neste momento, temos uma carência, no setor do turismo, de 40 a 50 mil postos de trabalho”, confirmou a secretária de Estado do Turismo em declarações ao Dinheiro Vivo.

Rita Marques quer que estas vagas possam estar inteiramente disponíveis para os cidadãos ucranianos que procurem emprego no país.

“Existe uma enorme diversidade de profissões pretendidas, sendo que os principais setores com ofertas de emprego colocadas são tecnologias de informação, transportes (motoristas), restauração e hotelaria, setor social e construção civil”, salienta o Ministério do Trabalho.

A governante realça que muitas da vagas “já estavam nas bases de dados do IEFP”. O objetivo passa agora por “verificar se essas vagas podem estar também abertas a cidadãos estrangeiros, neste caso, ucranianos”.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) diz que a disponibilidade para receber refugiados ucranianos “é total”.

“Estamos completamente disponíveis para poder acolhê-las e, designadamente, com esta situação do emprego, podendo oferecer-lhes as condições para trabalhar na hotelaria”, diz a vice-presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) está igualmente a incentivar os seus associados a registarem ofertas de emprego a refugiados ucranianos.

“Temos uma vasta comunidade de ucranianos em Portugal e estão perfeitamente enquadrados. Temos ucranianos a trabalhar nos mais diversos setores, são belíssimos colaboradores e têm uma grande facilidade em aprender línguas”, afirma o o presidente da CTP, Francisco Calheiros.

ZAP //

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