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39 colégios com contrato de associação não vão abrir novas turmas

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André Kosters / Lusa

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

O Governo anunciou esta terça-feira que não vai abrir turmas de início de ciclo em 39 colégios privados com contratos de associação, o que representa uma redução de 57% no financiamento a novas turmas.

Os números foram avançados pela secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, no final de uma reunião com a Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.

De acordo com o Ministério da Educação (ME), para o próximo ano letivo não vão abrir turmas em início de ciclo – 5º, 7º e 10º anos de escolaridade – em 39 dos 79 colégios com contratos de associação com o Estado.

Rodrigo Queirós e Melo, director executivo da AEEP, explica ao jornal Público que estão em causa 370 turmas que, a serem suprimidas pela perda do financiamento do Estado, levarão os colégios a perder 9.800 alunos e serem “obrigados a despedir mil professores e pessoal não docente”.

O presidente da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo disse, no final da reunião, que a associação não quer apelar a que as pessoas “façam coisas que não devam”, mas pediu aos colégios que usem “todos os meios” para lutar contra a decisão e admite o recurso aos tribunais, interpondo providências cautelares, uma medida que alguns estabelecimentos já acionaram.

Para esta quarta-feira já estava previsto o segundo Dia Amarelo, um protesto destas escolas que visa, através da cor das roupas da comunidade escolar, mostrar a indignação pelas medidas da tutela.

Em entrevista ao Diário de Notícias, esta quarta-feira, Alexandra Leitão, aponta que a poupança de “20 a 30 milhões” de euros com o fim dos contratos de associação por redundância da oferta “pode traduzir-se em retomar obras suspensas, em fazer outras que vão surgindo, manuais gratuitos, aumento da Ação Social Escolar”.

“Dar manuais gratuitos a todo o 1º ciclo – incluindo ao privado, sublinho – custa 12 milhões de euros. Estamos a falar de um número, de uma poupança, na casa do dobro disso”, sublinha a secretária de Estado da Educação.

ZAP / Lusa

19 Comments

  1. E muito bem!
    Se há oferta na escola publica, até é ilegal meter esses alunos no privado!
    Já chega de dar “mama” a esses colégios manhosos…

  2. O PR só tem que dar apoio ao governo, sob pena de estar a ceder a pressões de lobbies de parasitas, que querem estatuto de finos e poderosos com o “dinheiro dos pobres e maltrapilhos”. O feudalismo foi na Idade Média aí é que se vivia da vassalagem, a troco de segurança do Senhor feudal. Hoje além de já não estarmos nesse tempo, estes potenciais “senhores” estão na base da pirâmide. Vivem à custa dos outros, são arrogantes sem “charme” e em vez de protegerem alguém, prejudicam quem para eles trabalha, que na maioria dos casos são explorados e humilhados com tarefas que não lhes competem.
    As crianças não deixam de ter escola , os pais é que deixam de se poder babar, os 1000 trabalhadores, se forem despedidos, é uma sorte, porque podem ser integrados com outra dignidade na função para que estudaram: ser professores, educadores de infância ou psicólogos e terem horários, dentro da legalidade.

    • Concordo plenamente com tudo o que foi dito pela “Flor do Trancão”! Conheço uma escola privada que faz mais de 20km de distância para “angariar alunos” e fazer novas turmas com o dinheiro dos contribuintes! Os pais querem que os filhos andem no privado, então que paguem do seu próprio bolso, e depois sim, podem babar-se!! Os professores do público também foram para o desemprego! Conheço uma professora que trabalha há 17 anos, é contratada e neste momento está a 600Km de casa a trabalhar e com muita sorte!! Os diretores dos colégios privados estão zangados, temos pena :(!!!! Acabou-se a galinha dos ovos de ouro e a “mama” deles!! O governo faz muito bem em acabar com esta pechincha!!!

  3. Santa ignorância que aqui vai! Mama é o que as escolas publicas têm (e muita da função pública)! Feudalismo é o que grande parte da função pública representa!
    O importante aqui é garantir as melhores condições de acesso ao ensino, com o menor custo possível para os cidadãos. Devia ser determinado um valor referência a atribuir por turma (em função das possibilidades do nosso país), e esse valor devia ser atribuído sem distinção entre escola pública ou privada. Tal não iria sair mais caro (até porque a escola pública trabalha de borla, ao contrário do que até parece lendo os comentários dos últimos dias…). Os pais e os alunos que escolham o projecto mais bem conseguido e que mais garantias dá, seja ele proveniente do público ou do privado. O que tem de se garantir é que as condições de acesso sejam iguais para todos e os apoios também.

    • Utopia é apenas um livro. Nada é de borla. Nada tenho contra colégios privados, mas tenho tudo contra colégios privados que vivem do dinheiro público. Agora não se compare o que não é comparável: os colégios podem seleccionar alunos a escola pública não, os colégios podem seleccionar professores e funcionários a escola pública não, os colégios podem aldrabar as notas a escola pública também, os funcionários dos colégios comem e calam os da escola pública podem fazer greve. Quanto à liberdade de escolha é muito giro mas vejam o granel do estabelecimento da rede escolar, da constituição de turmas, da alocação de professores às turmas e depois digam então alguma coisa de sério …

    • Colégio privado = PPP = mina de ouro
      85.000 € por turma de 30 alunos do 1º ciclo
      1 Professor com 20 anos de serviço = 2000 € * 14 meses = 28.000 € ( duvido que paguem como no público mas suponhamos !!!)
      1 Funcionário = 600 € + Seg Social * 14 meses = 14.000 €
      43.000 € para instalações e afins por ano e turma
      Espectáculo !!! Eu também gostava …

      • ASDRUBAL, vi os seus 2 comentários anteriores e são mais as coisas com que concordo do que as com que discordo. Quanto à questão do acesso, tal como disse no meu comentário anterior, é fundamental que todos os alunos estejam em igualdade de oportunidade quando o financiamento é público. Querem fazer selecção de alunos, deixam de ter financiamento… As notas são aldrabadas?, tb o podem ser em qualquer escola, por essa mesma razão os métodos de avaliação devem se cada vez mais a nível nacional e iguais para todos. 85.000? por turma?, tb eu acho um exagero face à realidade do nosso país, mas ao que consta não fica muito mais barato no público (se é que fica mais barato). Deve encontrar-se um valor equilibrado e atribuí-lo indistintamente a projecto público ou privado. Agora do que tenho certeza é que há muita gente com muito boas ideias, competência e vontade de trabalhar, e não percebo porque não o possam fazer com as mesmas condições de financiamento com que muitas escolas publicas o fazem, quando muito do que é publico no fundo não é mais do que uma rede de compadrios, laxismo, incompetência, e maus vícios. Felizmente há excepções, há bons exemplos no público e maus no privado, mas a diferença é que aí os consumidores podem escolher…

  4. Pois, em vez de gastar 20milhoes com os privados, vai gastar 40milhoes com o publico…. O publico não é de graça. É pago com os meus impostos.
    No privado, eu como pai controlo a qualidade do ensino. No publico, eles fazem o que querem. É esta a diferença…

    • Sr Adriano Silva, o público não é de graça, sim senhor, é pago com os nossos impostos, então se quer ter os seus filhos no privado, pague com o seu dinheiro que é aquilo que eu Faço, ou seja, quem tem os filhos no público não tem de pagar para eu ter os meus no privado… agora, outra coisa completamente diferente seria dizer: O ensino Público tem de ser de qualidade quer no conteúdo quer nas condições de manutenção, assim sim, concordo, mas tenho a certeza que é isso que este governo quer fazer. Eu não posso é pagar impostos para que os outros tenham os seus filhos no privado ás minhas custas! Querem pagam!

      • A ignorância deste homem. Quem está a pagar para os seus filhos estarem no sistema privado, paga tambem pelos filhos dos outros no público. PAga duas vezes, compreende ? E depois ha umas vagas no privado, para quem é pobre e não consegue pagar a mensalidade do colégio, e não tem escola publica proximo. E esta condição, quem a deveria ter supervisionado eram os governantes, e não os diretores dos colegios.

  5. Cheque Ensino e os pais que escolham qual a melhor escola para os seus filhos. A escola pública é boa para os professores andarem sistematicamente de baixa em baixa, ou para serem sindicalistas de carreira, ou ainda para vários parasitas fazerem negociatas à conta de parques escolares e tretas afins. Na escola pública o professor pensa que é um senhor intocável e por isso muitos encostam-se como bem podem. No privado, meus amigos, ou trabalham ou vão para o car****

  6. Esta Secretária de Estado continua a mentir quando fala em poupanças! As contas são tão fáceis de fazer que só alguém muito mal intencionado é capaz de as negar! Tenha vergonha, Leitão!

      • Sim, as escolas públicas que não fazem falta devem deixar de ter a mama, tão típica da função pública, e viver com as regras do privado, tendo apenas apoio se tiverem procura e adesão por parte da população. Assim o nosso dinheiro apenas é gasto com os projectos que inspiram credibilidade.
        Acabemos com os serviços públicos inúteis e medíocres.

      • Não posso estar mais de acordo consigo, esta gente quer “parecer” o que não é mas à conta dos outros… querem colégios paguem-nos!

  7. Livros GRATUITOS para o 1° ciclo… no PRIVADO?
    Era o que faltava. Quem quer por os filhos no PRIVADO que pague. Assim vão poupar-se muitos milhões e evitar mais impostos.

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