Portugal registou, nas últimas 24 horas, 275 mortes e 5805 novos casos de covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira (1 de fevereiro).
Os dados indicam ainda que existem mais 175 internados, e mais 7 nos Cuidados Intensivos. Por outro lado, há 7973 recuperados em Portugal.
O número de novos casos é o mais baixo dos últimos 21 dias, beneficiando do habitual efeito do fim de semana, que faz diminuir testes e a deteção de infetados. Ainda assim, o valor é superior ao das duas últimas segundas-feiras (6923 e 6702).
Quanto aos óbitos, regista-se um recuo face ao pico (303) registado no domingo e na quinta-feira. É o valor mais baixo dos últimos sete dias.
As más notícias são relativas aos hospitalizados. Há mais 175 camas ocupadas comparando com a véspera, o que aumenta o total para 6869 internamentos nos hospitais do país.
O balanço nos cuidados intensivos também se agravou: há mais sete doentes críticos (total: 865). Ambos os segmentos revelam os números mais alto registados em Portugal desde o início da pandemia, em março.
Mês mais mortífero dos últimos 12 anos
Os números desta segunda-feira, primeiro dia do mês de fevereiro, seguem-se a um mês de Janeiro particularmente mortífero: foi o mês que somou mais mortos nos últimos 12 anos, com 19 452 óbitos e quase todos os dias se bateram novos máximos, segundo dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).
Estes dados mostram que janeiro de 2021 foi também o que teve mais mortes comparando com todos os meses de janeiro desde 2009.
O SICO mostra que o dia 20 de janeiro de 2021 foi aquele em que morreram mais pessoas, por todas as causas – 746 óbitos – um valor que ultrapassou em mais de 50% o mais elevado registado no mesmo dia desde 2009 (486).
“Aumento de novos casos dos 6 aos 12 anos”
A perspetiva é que se atinja o pico das infeções a nível nacional na próxima semana, para a espiral começar a descer. O epidemiologista Manuel Carmo Gomes diz que, atualmente, subida dos novos casos diários é maior entre crianças do 1.º ciclo.
A equipa de Carmo Gomes dividiu os grupos etários mais novos por níveis de escolaridade. “O aumento de novos casos tem sido maior no grupo dos 6 aos 12 anos, depois dos 13 aos 17, seguindo-se o dos 0 aos 5. Um dos grupos onde evoluiu melhor, no sentido de diminuir a incidência, foi no dos 18 aos 24, um grupo que desde o verão tinha uma incidência maior de novos casos por cem mil pessoas dessa idade”, referiu ao DN.
O especialista não responsabiliza a variante inglesa do novo coronavírus pelo maior aumento de contágios entre a população mais jovem, inicialmente referido nos estudos ingleses, salientando que não há evidências claras.
Coronavírus / Covid-19
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Portanto, estes números são uma aldrabice.