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21 balcões do BPI fecham no fim do mês

Shatabisha / Wikimedia

sxc: Shatabisha / Wikimedia

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O BPI vai fechar 21 balcões já no final deste mês, uma redução que estava prevista até final de 2014, e propor reformas antecipadas a parte dos trabalhadores dessas agências, segundo informação enviada pela administração à Comissão de Trabalhadores.

De acordo com fontes da Comissão de Trabalhadores, contactadas pela Lusa, o banco liderado por Fernando Ulrich informou que vai fechar 21 balcões já a 29 de Novembro. Uma operação justificada com a redução de custos assim como com as imposições das autoridades europeias, depois de o banco ter recorrido a dinheiro público para se recapitalizar.

Em Julho, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, disse que o plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia obrigava a fechar 21 balcões até final de 2014 – mas que iria acontecer antes da data limite – e a reduzir o número de trabalhadores para 6.000 até fim de Dezembro de 2015.

O BPI tinha 6.326 trabalhadores em Portugal, no final de Setembro, menos 74 do que no início do ano, e 704 balcões, uma redução de 30 agências face ao final de 2012.
Já em 2012, o banco tinha reduzido o quadro de pessoal, ao fechar o ano com menos 258 trabalhadores.

Ainda na informação agora enviada à Comissão de Trabalhadores, a administração não fala directamente em despedimentos ou rescisões, dizendo que os funcionários dos 21 balcões que vão fechar serão transferidos para outros serviços do banco ou receberão propostas de reforma antecipada.

O BPI foi um dos bancos (que a par de BCP, Caixa Geral de Depósitos e Banif) que recorreram ao Estado para aumentar o capital e cumprir as exigências dos reguladores. Em Junho de 2012, o Estado injectou no banco 1.500 milhões através de obrigações convertíveis em acções (as chamadas ‘coco bonds’), sendo que uma parte importante desse montante a instituição já recomprou ao Estado.

Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, a semana passada, o presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, anunciou que vai pedir permissão para antecipar a recompra de mais 588 milhões de euros. Caso a operação receba a necessária ‘luz verde’, o montante de ‘CoCo’ do BPI que estão na posse do Estado português baixa dos atuais 920 milhões de euros para 332 milhões de euros.

/Lusa

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