Na assembleia das Nações Unidas, Marcelo Rebelo de Sousa precisou de três minutos para elogiar a liderança de António Guterres à frente da ONU e a mobilização juntos dos mais jovens por Greta Thunberg.
Esta segunda-feira, o Presidente da República portuguesa foi a Nova Iorque discursar na assembleia das Nações Unidas. Marcelo Rebelo de Sousa só precisou de três minutos para fazer uma promessa: “não iremos falhar neste momento crucial“.
Marcelo alertou ainda que “2050 era já amanhã” e falou das vulnerabilidades de Portugal perante as alterações climáticas, lembrando que “não há um Portugal B, como não há um planeta B”.
Segundo o Expresso, o representante português sublinhou também a importância da cimeira que está a decorrer na ONU sobre o clima e a forma como o ativismo de jovens como Greta Thunberg (“e não só”) é “uma razão adicional” para os líderes agirem e para a mobilização mundial.
Sobre António Guterres, o Presidente da República elogiou “a liderança inteligente e visionária” à frente da ONU. Em relação a Portugal, Marcelo sublinhou que “a condescendência e a indiferença já não são toleráveis” e que o nosso país “foi o primeiro” a comprometer-se com a neutralidade carbónica em 2050, ao aprovar um roteiro para esse objetivo.
Assumindo “a próxima década como critica“, Marcelo anunciou que Portugal reforçou as suas ambições para 2030, propondo-se, até lá, reduzir as emissões de gases de efeito de estufa em 50%, alcançar a meta de 35% para a eficiência energética, ter 80% de energia gerada por fontes renováveis, e ter as centrais a carvão em “phase-out total”.
Até agora, Portugal “já conseguiu incorporar 54% de renováveis na produção elétrica, reforçou impostos sobre o carbono, e colocou os subsídios aos combustíveis fósseis em ‘phasing-out’”.
“Esta Cimeira do Clima deve ser um novo ponto de partida para um futuro que não se pode adiar”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.