A proibição de circulação automóvel na Baixa de Lisboa vai começar por aplicar-se a todas as viaturas anteriores a 2000, mas a autarquia quer alargá-la aos veículos anteriores a 2005 em abril do próximo ano.
De acordo com o relatório elaborado pela câmara que sustenta a criação da nova Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado (ZER ABC), lê-se que, na primeira fase, que se estima que venha a arrancar este verão, só serão autorizados a circular automóveis que cumpram a norma Euro 3 – matrícula posterior a 2000. No entanto, a partir de abril de 2021, a circulação só será permitida a veículos que cumpram a norma Euro 4 – com matrícula posterior a 2005.
Ainda de acordo com o relatório, ao qual o jornal Público teve acesso, os residentes estão excluídos dessa nova regra, podendo continuar a aceder à Baixa com as suas viaturas, desde que cumpram a norma Euro 3.
Na verdade, recorda o mesmo jornal, hoje já é proibido circular com um veículo anterior a 2000 numa parte da Baixa e da Avenida da Liberdade, mas a fiscalização é escassa. Segundo uma fonte da autarquia, em declarações ao Público, as contra-ordenações foram três a quatro vezes superiores em 2019 do que em anos anteriores, mas a nova ZER prevê a instalação de sistemas eletrónicos de controlo, o que deverá significar um aumento da eficácia na fiscalização.
Novo plano para a Baixa de Lisboa gera críticas
Depois do anúncio público na sexta-feira, o plano da autarquia para a Baixa continua a gerar reações. No fim-de-semana um vereador do PSD criticou duramente as medidas. Já o CDS e PCP preferiram aguardar pelos documentos finais para tomar posição.
Por outro lado, para o BE, que na semana passada tinha apresentado uma proposta para a criação de ZEZ – Zonas de Emissões Zero, a proposta de Fernando Medina peca por defeito.
“É urgente ir mais além e não nos ficarmos pela zona mais turística da cidade”, defende o vereador Manuel Grilo num comunicado emitido esta terça-feira. “Outras zonas da cidade carecem da mesma preocupação”, como “Parque das Nações, Telheiras e Cais do Sodré, que já apresentam níveis de poluição superiores à Baixa e avenidas.”
Esta terça-feira, foi lançada uma petição online que argumenta que “o projeto vai arrasar o comércio na zona da Baixa e centro histórico da cidade e transformar num parque de diversões uma cidade onde é para se viver e trabalhar”. Para já, a petição conta com mais de 2300 assinaturas.
Acho que deviam proibir-se todos os carros anteriores a dezembro de 2019.
Cada vez os carros serão para quem tem dinheiro e para os chulos dos políticos. Recomendam que o povo ande de transportes públicos mas, ao contrário de Inglaterra e de alguns países nórdicos, por cá nunca vi nenhum ministro, secretário de estado ou deputado a utilizar o metro ou o autocarro diariamente.
Só dá vontade de rir com estas medidas, como se o povo tivesse condições para possuir carros novos.
Há carros anteriores a 2005 que cumprem a norma Euro 4.
O caricato destas medidas é que os veículos onde a “nobreza” anda montada (vulgo carros e sobretudo SUV de alta cilindrada) mesmo sendo novos poluem mais que muitos veículos muito mais velhos.
Mas nada disto interessa, até porque a fiscalização é quase nula, ao que parece.
Porque não também proibir a circulação de todas as pessoas anteriores a 2000? Essas poluem imenso com seus gases de metano. E já agora não colocar mais os pés nessa área de Lisboa pois as pessoas deixam de ser bem vindas.
Deve ser como a taxa dos cães e gatos, feita por anormais !!! Estou para ver multarem-me por circular num carro que paga IUC e passa na inspecção que é obrigatória. O paineleiro do presidente da Câmara vai ter um bom enterro, junto do 44 …