Desde a primeira semana de outubro de 2019, cerca de 12.500 pessoas procuraram os hospitais com sintomas de síndrome gripal, num total de 1,265 milhões de episódios de urgência por todas as causas.
O período de gripe de 2019/2020 iniciou-se na primeira semana de outubro. Desde aí, de acordo com semanário Expresso, menos de 1% – 0,98% – de todas situações de urgência hospitalar se deveram à gripe.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) reconhece um agravamento da atividade gripal nas últimas duas semanas, “com valores de intensidade baixa a moderada, com variações regionais”. As primeiras regiões a manifestarem sinais de epidemia de gripe foram o Norte e o Centro, há duas semanas, e na última semana acentuou-se a situação na região Centro e, com menos intensidade, na zona de Lisboa e Vale do Tejo.
As crianças com idades entre os 6 e os 18 anos foram o grupo mais atingido, com a população de mais de 65 anos a não ter ainda atingido o nível epidémico.
Há também um vírus em circulação, até agora maioritariamente de tipo B, com características mais moderadas. Assim, embora um terço das camas suplementares dos hospitais públicos já tenha sido ativado para atender à procura das urgências, a DGS garante que “não há valores que indiquem gravidade”.
O país estará a aproximar-se do pico da gripe, que deverá acontecer nas próximas duas semanas. A DGS garantiu que os serviços estão prontos para a chegada do pico da epidemia da gripe.
Mais de 1,3 milhões de portugueses já se vacinaram contra a gripe, registando-se uma subida em todos os grupos em comparação com o período homólogo do ano passado, segundo dados do “Vacinómetro”, instrumento promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
Já se terão vacinado 1.187.042 idosos e 179.889 cidadãos com idades entre os 60 e os 64 anos, segundo os resultados da segunda vaga do relatório que monitoriza a vacinação contra a gripe em grupos prioritários da época gripal 2019/2020.
Mais de metade (52%) dos indivíduos portadores de doença crónica já se vacinaram, o que representa um aumento de 11,3% face ao mesmo período de 2018, constituindo a subida mais significativa entre os grupos prioritários.
A época da vacinação contra a gripe arrancou no dia 15 de Outubro em Portugal, com dois milhões de vacinas disponíveis, 1,4 milhões para serem dadas gratuitamente a grupos de risco no Serviço Nacional de Saúde e cerca de 600 mil para venda em farmácias.
Este ano, pela primeira vez, as vacinas são tetravalentes, protegendo contra quatro tipos de vírus, quando até aqui protegiam para um máximo de três. A vacina tetravalente faz aumentar a probabilidade de o conteúdo da vacina coincidir com os vírus que vão circular e há a expectativa de a vacina ser mais efetiva.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.