O Governo português está a acompanhar o caso de 200 trabalhadores que alegadamente trabalhavam há cerca de dois meses sem contrato nem salário e viviam num edifício abandonado na Dinamarca, disse à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Numa reportagem transmitida pela SIC, os portugueses afirmam terem sido “aliciados com muito dinheiro” por uma empresa irlandesa para trabalharem no metro de Copenhaga, capital da Dinamarca, mas em dois meses de trabalho nunca receberam qualquer pagamento nem têm contrato.
Além disso, os portugueses foram colocados a viver num prédio abandonado e em más condições.
O caso, que foi denunciado pela imprensa local, tornou-se polémico naquele país e levou mesmo o Governo dinamarquês a prometer ajuda aos emigrantes, providenciando desde logo novo alojamento, agora num hotel.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), afirmou estar a acompanhar o caso “através da embaixada de Portugal em Copenhaga” e adiantou que “já foram feitos contactos com as autoridades dinamarquesas”.
Esta quinta-feira, “dois funcionários da embaixada foram às instalações onde os trabalhadores estiveram alojados e ao hotel onde se encontram actualmente” e também contactaram alguns portugueses.
O Governo português diz ter a garantia de que a empresa irlandesa vai responder às necessidades dos trabalhadores.
“A empresa assegurou que iria procurar atender às necessidades expressas pelos trabalhadores”, disse a mesma fonte.
A embaixada esteve “em contacto com os trabalhadores portugueses” e também “com um representante da empresa irlandesa para a qual os cidadãos portugueses trabalham”, acrescentou, referindo ainda que os funcionários da embaixada se deslocaram ao município de Rodovre.
A mesma fonte do MNE mencionou ainda que a Autoridade para as Condições de Trabalho também foi informada, através do gabinete do secretário de Estado das Comunidades.
/Lusa