Ana Gomes, Sérgio Godinho, Álvaro Siza Vieira, Pilar del Río, Fernando Rosas, Afonso Reis Cabral… São 200, os portugueses influentes, de diferentes idades e das mais diversas áreas, que apelam ao reconhecimento do Estado da Palestina.
Desde logo, o próximo Governo deve colocar-se dentro de “um consenso internacional” e reconhecer o Estado da Palestina, consideram as personalidades portuguesas que estão a dar a cara pela Palestina e a pedir um cessar fogo em Gaza.
Duas centenas de portugueses influentes das várias áreas da sociedade apelaram numa carta aberta aos partidos políticos candidatos às eleições legislativas, que assumam o reconhecimento do Estado da Palestina como compromisso eleitoral para a próxima legislatura.
A carta aberta é subscrita por 200 personalidades, entre os quais os arquitetos Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura e Helena Roseta, a socióloga Ana Benavente, a ex-eurodeputada Ana Gomes, o ex-secretário-geral da CGTP-IN Arménio Carlos, o historiador Fernando Rosas, a médica Isabel do Carmo.
Entre outros portugueses influentes, assinaram a carta os escritores Afonso Reis Cabral (trineto de Eça de Queiroz), Lídia Jorge e Jacinto Lucas Pires, o bispo Januário Torgal Ferreira, a atriz Maria do Céu Guerra, a jornalista (e viúva de José Saramago) Pilar del Río e ainda o músico Sérgio Godinho.
Os signatários dizem estar “profundamente preocupados com a catastrófica situação que se desenrola na Palestina perante os olhos de todo o mundo”.
O reconhecimento do Estado da Palestina é um “passo necessário para restaurar a coerência e a credibilidade da posição diplomática” de Portugal, escrevem.
Portugal está a ser incoerente
“Num país onde se defende e apoia a solução de dois Estados, é totalmente incoerente que o Governo reconheça apenas o Estado de Israel e não o Estado da Palestina. O restabelecimento da coerência da nossa posição diplomática exige que a República Portuguesa reconheça igualmente o Estado da Palestina, imediata e incondicionalmente”, sublinham.
Na opinião dos signatários, enquanto continuar sem reconhecer o Estado da Palestina, Portugal coloca-se “fora de um consenso internacional segundo o qual o Estado da Palestina é reconhecido por 139 dos 193 Estados membros das Nações Unidas.”
“Uma vez que este reconhecimento é apoiado por resoluções das Nações Unidas, torna-se incompreensível, e seguramente injustificável, que Estados membros não o façam”, sublinham.
Portugal pode e deve fazer mais
Na carta, os “200 influentes” referem estar motivados pela “convicção de que Portugal pode e deve contribuir para os esforços globais de abertura dos novos caminhos necessários à paz e à prosperidade, e considerando que o apoio ao direito do povo palestiniano à autodeterminação, à independência nacional e à soberania é, mais do que nunca, um passo necessário no caminho rumo à paz neste momento crítico”.
Segundo os signatários, o reconhecimento seria uma grande oportunidade para Portugal intensificar os seus compromissos e reiterar o empenho em ajudar palestinianos e israelitas a chegarem a uma solução.
O objetivo é, refere, que os dois Estados consigam viver, “lado a lado, em paz e segurança, satisfazendo as legítimas aspirações nacionais de ambos os povos”.
No entendimento dos signatários, o reconhecimento do Estado da Palestina é indispensável para um compromisso forte e credível em prol da paz.
“Esse reconhecimento não é apenas uma componente essencial do compromisso com uma solução justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano. (…) É também um pré-requisito para a concretização das ações práticas necessárias para pôr termo à ocupação ilegal e às incessantes escaladas do conflito”, destacam.
ZAP // Lusa
Guerra no Médio Oriente
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Qual Estado da Palestina? Aquele que governava Gaza há 20 anos, sem qualquer ocupação, e resolveu atacar Israel a 7 de Outubro? Esse Estado? Ok, merece tudo o que está a acontecer.
E o PR também foi subscritor, ou só quis ficar na fotografia?
Convinha saber…
E há quem dê a cara…
Pró retrato,
Não entendi, o teu comentário é sempre exíguo.