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Gastou 18 milhões de euros no Harrods. Agora tem de justificar a fortuna

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Zamira Hajiyeva gastou 18 milhões de euros, durante uma década, nos armazéns de luxo de Londres. Agora, a justiça britânica quer saber de onde veio o dinheiro.

Zamira Hajiyeva é a primeira pessoa a ser alvo de uma nova lei de combate ao enriquecimento ilícito no Reino Unido. A mulher do antigo presidente do Banco Internacional do Azerbeijão, Jahangir Hajiyev, terá de explicar à justiça britânica a fortuna que gastou ao longo da última década em propriedades e artigos de luxo.

Segundo o Público, nestes artigos de luxo estão incluídos mais de 18 milhões de euros gastos nos armazéns Harrods, em Londres. Aliás, foram os hábitos de consumo excêntricos e invulgares que levaram as autoridades britânicas a abrirem uma investigação.

O nome da azeri surge agora na imprensa depois de ter perdido uma batalha legar para manter o seu anonimato. Sabe-se agora que a mulher, que está a cumprir uma pena de 15 anos prisão naquela ex-república soviética por desvio de fundos, é uma cliente assídua do armazéns de luxo.

Além disso, adianta o jornal, a investidora já gastou 11 milhões de euros na compra de um clube de golfe e 36 milhões num jato privado Gulfstream G550.

Nos Harrods, Zamira gastou 114 mil euros em joias Cartier numa só compra e, noutro dia, comprou 171 mil euros em produtos da marca Boucheron. Numa outra ocasião gastou 2060 euros em vinho. Ao longo da última década, e usando 35 cartões de crédito emitidos pelo banco dirigido pelo marido, Zamira gastou 18 milhões ao ritmo de 4580 euros por dia, em média.

O problema não está nos gastos, destacam as autoridades, mas sim na origem do dinheiro. de acordo com a justiça do Azerbeijão, o marido é responsável por um rombo de milhares de milhões de euros no banco estatal que dirigia, tendo sido condenado à devolução de 34 milhões de euros.

As autoridades acreditam que os fundos desviados foram utilizados para comprar uma casa luxuosa no bairro londrino de Knightsbridge, junto aos Harrods, no valor de 13 milhões de euros, entre outros negócios. Esta compra terá sido feita através de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

Esta e outras tantas compras são incompatíveis com o salário oficialmente auferido pelo marido, de 62 mil euros mensais, que não justificam o património que o casal conseguiu reunir em Londres.

“Como funcionário público entre 1993 e 2015, é muito improvável que uma posição destas tenha gerado tanto dinheiro para financiar as aquisições de propriedades”, disse Jonathan Hall, que representa a Agência Nacional de Crime, ao The Guardian.

ZAP //

8 Comments

  1. Sabe-se agora que a mulher, que está a cumprir uma pena de 15 anos prisão naquela ex-república soviética por desvio de fundos, é uma cliente assídua do armazéns de luxo.
    Favor clarifiquem-me : Está presa e é cliente assídua do armazem ???

  2. O ministério dos negócios estrangeiros do governo português da «GERICOnsa» já a devia ter informado há muito a Exma Sra. D. Zamira Hajiyeva da existência em PORTUGAL dos “vistos gold”! Pelo breve curriculum que a notícia apresenta, é pessoa que preenche os requisitos necessários, para ser uma ilustríssima migrante ou refugiada política, e como tal cidadã da U.E.

    • É… e tu estivesses minimamente informado saberias que há vistos gold em todos os paises, principalmente no Reino Unido, ou achas que os milionários árabes e russos foram para Londres pelo clima?!

  3. O mais chocante na noticia toda não é, os actos que a mulher e o marido são acusados, mas sim o salário que o marido tinha mensal na gerência do Banco Estatal desse país ex-sovietico, 62 mil euros! Fiquei Bege

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