“A FIFA engloba 211 países e 133 nunca estiveram num Mundial”

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Arsène Wenger apresenta argumentos para defender a realização de um campeonato do mundo de dois em dois anos.

O novo calendário FIFA continua a originar reacções e entrevistas. Arsène Wenger falou sobre as propostas – a mais falada é a realização do Mundial de futebol de dois em dois anos, em vez de quatro em quatro anos, como até agora.

Wenger disse ao portal Globoesporte que o sistema actual do futebol internacional “não está a funcionar, é um caos” e por isso a FIFA quer alterar o calendário para evitar “multiplicação de jogos, interrupções constantes e pressão cada vez maior sobre os jogadores”, relacionada essencialmente com viagens.

Entre as alíneas da proposta está a diminuição do número de paragens das competições nacionais e passar a haver apenas “uma ou duas” paragens ao longo do ano, para jogos entre selecções.

O Chefe Global de Desenvolvimento de Futebol da FIFA explicou que a entidade que regula o futebol quer criar um calendário mais simples, com menos jogos mas com duelos que “realmente interessam” aos adeptos: “Menos jogos, mas melhores jogos”.

 

“E, com menos dias para as eliminatórias internacionais ao longo do ano, também abriria espaço para uma grande competição no final da temporada, como um Mundial”, seguido por uma paragem de, no mínimo, 25 dias para os futebolistas.

A realização de mais Mundiais, justifica o antigo treinador do Arsenal, permitirá a mais países estarem representados na grande competição do futebol internacional: “Um dos principais objetivos desta reforma é melhorar o futebol globalmente e tentar torná-lo mais competitivo”.

“O fosso entre a Europa e o resto do mundo aumentou nos últimos anos. Queremos tentar preencher essa lacuna. A organização de competições mais regulares também é uma forma poderosa de melhorar o desempenho. Existem 211 federações na FIFA e 133 delas nunca participaram num Mundial“, comentou o francês.

Se o Mundial passar a disputar-se de dois em dois anos, não haverá qualquer “cansaço” à volta do torneio, assegura o ex-técnico: “O prestígio de uma competição está ligado à sua qualidade, não à distância entre cada edição. Vejam o exemplo da Liga dos Campeões”.

Nuno Teixeira, ZAP //

1 Comment

  1. A mafia da bola – um negócio muito rentável e apetecível – que o diga a Alemanha que, com vários esquemas de corrupção ao mais alto nível, foi quem mais facturou com o Mundial na África do Sul e do Brasil (e muito provavelmente com este do Quatar)!

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