Mykhailo Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que mais de 120 mísseis foram disparados contra a Ucrânia na manhã desta quinta-feira pela Rússia.
“Mais de 120 mísseis lançados sobre a Ucrânia pelo ‘malvado mundo russo’ para destruir infraestrutura crítica e matar civis em massa”, escreveu no Twitter.
“Aguardamos mais propostas de ‘pacificadores’ sobre ‘resolução pacífica’, ‘garantias de segurança para a Federação Russa’ e [a] indesejabilidade de provocações”, acrescentou, referindo-se sarcasticamente às declarações recentes da Rússia sobre o que seria necessário para avançar com qualquer acordo de paz.
29.12.22. 120+ missiles over 🇺🇦 launched by the “evil Russian world” to destroy critical infrastructure & kill civilians en masse. We’re waiting for further proposals from “peacekeepers” about “peaceful settlement”, “security guarantees for RF” & undesirability of provocations.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 29, 2022
Os mísseis atingiram a cidade de Kharkiv, no Leste da Ucrânia, a capital Kiev e Lviv, causando uma série de explosões. Ihor Terekhov, autarca de Kharkiv, disse que as autoridades estão a averiguar o que foi atingido e se houve vítimas.
Já Vitali Klitschko, autarca de Kiev, alertou sobre possíveis cortes de energia. Revelou ainda que entre os três feridos que resultaram dos ataques está uma menina de 14 anos, segundo o Guardian.
De acordo com o governante, duas pessoas foram resgatadas de uma casa que ficou danificada. Uma empresa e um parque infantil também ficaram danificados.
Missiles flying over Kyiv. 15 shot down as of now. pic.twitter.com/bms0ctU88v
— Maria Avdeeva (@maria_avdv) December 29, 2022
“Até agora, duas pessoas foram resgatadas de uma casa particular danificada. Os médicos trataram-nas no local e hospitalizaram-nas. As equipas de resgate continuam as operações de busca e resgate. Destroços de rockets também danificaram um carro numa das ruas centrais”, acrescentou numa publicação no Telegram.
O autarca de Lviv, Andriy Sadovyi, revelou noutra publicação no Telegram que 90% da cidade está sem eletricidade e que o transporte público elétrico não está a funcionar. “Pode haver interrupções no abastecimento de água”, acrescentou.
Também no Twitter, a embaixadora britânica na Ucrânia, Melinda Simmons, referiu que os ataques com mísseis nesta manhã mostram que “a Rússia não quer a paz com a Ucrânia, a Rússia quer a subjugação da Ucrânia”.
🇷🇺 missiles launched across 🇺🇦 including Kyiv and Lviv. Civilians injured. 🇷🇺 rejects @ZelenskyyUa peace plan. Russia does not want peace with Ukraine. Russia wants the subjugation of Ukraine.
— Melinda Simmons (@MelSimmonsFCDO) December 29, 2022
21 mísseis foram abatidos pela defesa aérea
Entretanto, o governador de Odessa, Maksym Marchenko, afirmou no Telegram que as defesas aéreas ucranianas abateram 21 mísseis sobre a região.
“Unidades de defesa aérea derrubaram 21 mísseis sobre a região!!! Fragmentos de um dos rockets inimigos caíram num prédio residencial, mas felizmente não houve vítimas. Infelizmente, em decorrência dos ataques, há danos à infraestrutura de energia, motivo pelo qual ocorrem cortes de energia emergenciais na região. Todos os serviços estão no terreno e a funcionar”, disse, citado pelo Guardian.
O Comando da Força Aérea da Ucrânia informou que mísseis estão a ser disparados de diferentes direções, como relatou o Kyiv Independent, indicando que a Rússia está a lançar a ofensiva a partir de aeronaves estratégicas e navios. Este é um ataque massivo, que se segue ao ataque de drones registado durante a noite passada.
⚡️Air Force Command: Russia attacks Ukraine with cruise missiles from different directions.
Ukraine’s Air Force reported that Russia attacks Ukraine with “air and sea-based cruise missiles launched from strategic aircraft and ships” following the overnight kamikaze drone attack.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) December 29, 2022
Míssil cai na Bielorrússia
Um míssil antiaéreo supostamente ucraniano caiu hoje na Bielorrússia, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades militares bielorrussas, que apoiam a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia.
De acordo com um comunicado de imprensa divulgado pelo Ministério da Defesa da Bielorrússia, um míssil lançado por um sistema de defesa aérea S-300 “vindo de território ucraniano” caiu hoje pela manhã em território bielorrusso.
Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde o início da ofensiva russa na Ucrânia há mais de 10 meses. A Bielorrússia serve como base de retaguarda para as forças russas.
“O chefe de Estado [bielorrusso, Alexander Lukashenko] foi imediatamente informado do incidente”, referiu a nota, acrescentando que o Ministério da Defesa e o Comité de Investigação da Bielorrússia estão a realizar uma investigação para determinar as causas do incidente.
“Duas pistas principais” estão a ser investigadas: ou o míssil se desviou da sua trajetória, caindo por engano na Bielorrússia, ou foi abatido pela defesa antiaérea bielorrussa, referiram os militares.
A agência de notícias estatal Belta publicou fotos de fragmentos de um míssil num campo, que foram retiradas de uma conta na rede social Telegram relacionada com as autoridades bielorrussas.
As autoridades disseram não ter informações sobre feridos ou danos materiais.
Em novembro, a queda de um míssil sobre uma localidade polaca, que vitimou duas pessoas, levantou o temor de a NATO ser arrastada para o conflito na Ucrânia – causando uma grande escalada da tensão na região -, porque a Polónia é protegida por um compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.
A Ucrânia acusou a Rússia pela queda deste míssil na Polónia, mas de acordo com o Ocidente e Moscovo, este teria sido lançado por um sistema de defesa antiaérea ucraniano e que se desviou da sua trajetória.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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21 Novembro, 2024 Os russos andam a denunciar… os russos. Parece a URSS
Esta guerra já teria terminado há muito tempo se a NATO tivesse deixado. Mas ao manter a Ucrânia alimentada em armas e munições a NATO alimentou na Ucrânia a ilusão de que podiam ganhar a guerra. O que é obviamente impossível. Os russoa podem ter carregado no gatilho, mas a NATO é a alma danada para quem desestabilizar a Rússia vale os muitos milhares de ucranianos mortos.
Por acaso foi a Nato que invadiu a Ukraine ? ??
Quem ler os comentários destes “aluados” até parece que sim… A Ucrânia que o único faz é defender-se dos invasores e a Nato que o único que faz é ajudá-los a defenderem-se é que são os “maus da fita”… haja paciência para esta gente…