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12 mortes e 1280 infetados. Pico da curva deverá ser à volta de 14 de abril

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José Sena Goulão / Lusa

A diretora Geral de Saúde, Graça Freitas (D), acompanhada pela ministra da Saúde, Marta Temido

A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou, este sábado, que o número de infetados com Covid-19 em Portugal aumentou para 1280. O número de mortes duplicou para 12.

De acordo com o boletim informativo diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), o número de mortes em Portugal devido ao novo coronavírus aumentou de 6 para 12: quatro no Norte, quatro na zona Centro, três na zona de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve.

Relativamente ao número de infetados, neste momento existem 1280 casos confirmados, o que significa um aumento de 260 comparativamente com os números avançados na sexta-feira (1020) — uma subida de 25,5%.

Segundo o boletim epidemiológico da DGS, estão 156 pessoas internadas em Portugal, sendo que 35 se encontram em unidades de cuidados intensivos. 1124 pessoas estão a ser tratadas em casa. Há cinco casos recuperados (os mesmos de ontem).

1059 pessoas aguardam resultado laboratorial e 12.155 estão sob vigilância das autoridades de saúde (mais cerca de 4000 do que ontem).

Pico da curva deverá acontecer em abril

Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, prevê que o pico da curva de casos deverá acontecer à volta do dia 14 de abril. “De acordo com a evolução do número de casos Covid-19 em Portugal, e com as estimativas epidemiológicas, estima-se que a data prevista para a ocorrência do pico da curva se situe à volta do dia 14 de abril”.

A governante lembrou ainda que os doentes que forem transferidos de unidades de saúde para lares devem ser antes alvo de um teste e, depois, ficar “o mais isolados possível”. Sobre a realização de testes pelos profissionais de saúde, Temido diz que estes são o “grupo prioritário”.

A ministra disse ainda que Portugal vai adotar um novo modelo de tratamento aos infetados na próxima semana, que passa pelo aumento do acompanhamento em casa.

Marta Temido explicou que “face àquilo que tem sido o alargamento da expansão geográfica” dos casos de infeção e à “tendência crescente da curva epidémica”, será “aplicado um novo modelo de abordagem ao doente” a partir de quinta-feira.

Atualmente, há já um conjunto de doentes tratados em casa, sendo o objetivo chegar aos 80% dos infetados, disse, por sua vez, a diretora-geral da saúde, Graça Freiras.

Taxa de letalidade é de cerca de 1%

A taxa de letalidade por covid-19 é atualmente de cerca de 1%, estando “aquém” de valores registados noutros países, afirmou a diretora-geral da Saúde. Contudo, esta taxa pode evoluir para “outro tipo de valores”, porque Portugal tem ainda “muito poucos doentes com história de internamento muito prolongado”, ressalvou.

“Nós começámos a internar e a detetar casos no dia 2 [de março] e hoje é dia 21 e, portanto, ainda pode acontecer que alguns destes doentes venham a morrer”, disse Graça Freitas na conferência.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, há 275.469 casos confirmados em todo o mundo e 11.403 mortes. Há ainda o registo de 88.261 recuperados. Itália é o país com mais vítimas mortais, mais de 4000, de um total de 47.021 casos.

ZAP //

4 Comments

  1. Estas duas “competentíssimas” personagens, devem ganhar pouco para a incomensurável mais valia que trazem para este povo simples.
    É que reportar o que lá fora decidem, é um serviço MUITO difícil, que estas Srªs o digam.
    Esperar que lá fora dêem as indicações aqui para os plebeus é algo que só uma ministra/directora sejam capazes com os cursos que tiraram/compraram no século passado.
    Que “sorte” a nossa, os com melhor formação são os que emigram nos nossos dias!

  2. 156 pessoas internadas nos hospitais de todo o país? não me parece que seja muito para falar de extenuação dos médicos e enfermeiros; extenuados estarão os técnicos que efetuam os testes COVID-19; infelizmente o meu pai foi internado há 15 dias num grande hospital (Santo António, Porto; não, não por COVID 19, há mais doenças para além do COVID e muito mais mortais) e a situação era como sempre, todos sem tempo para dar feedback à família, mas com muito tempo para conversa fiada pessoalmente, ao telefone, consulta do instagram, facebook, envio de SMS. Cura em casa? todos os elementos da família infetados, claro; estão a ver o filme de uma Mãe infetada em casa, com filhos pequenos que não percebem que não podem ter colo, abraços e bjs, claro que vão ter! somos mesmos cumpridores! já no hospital com pessoas a vigiar 24 h / dia, as pessoas tentam furar as regras, quanto mais em casa! mas será que estas pessoas tão inteligentes não perceberam isso? claro que perceberam e isso é que é assustador; para proteger o pessoal de sáude? estes percebem que têm que cumprir as regras, protegem-se, a maior parte das pessoas não percebe, é só asneiras, pessoas com máscara, óculos e luvas na rua; lavar as mãos nem por isso!
    E os outros doentes? O meu pai teve que voltar para casa e será internado para a semana pois tem que fazer exames para novo diagnóstico (que pode ser de acordo com o médico, cancro pulmonar) pois os serviços respetivos fecharam! Pois não há um contador para as pessoas que estão ou vão num futuro próximo morrer por negligência e porque não têm COVID19. Este contador não seria mediático. Por vezes tenho vergonha de ser portuguesa. Porque não aprendemos com os países do Norte? Tudo que seja folclore para não se trabalhar, nós adorámos e em ano de eleições os políticos como sabem que assim é… Quando passar a euforia e as pessoas tiverem visto as séries todas do netflix, aí vamos cair na realidade. Será nesse momento que vamos desejar estar sózinhos, não em quarentena mas sim em depressão.

    • E não tens vergonha de seres palerminha ao ponto de pensar que o mundo gira à tua volta?!
      Realmente tens muito que aprender e não precisa de ser com os países do Norte….

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