O incêndio de grandes proporções que atingiu hoje Valparaíso, cidade costeira do Chile, já causou 11 mortos, destruiu centenas de habitações e obrigou à retirada de cinco mil pessoas, segundo o último balanço oficial.
“Até ao momento, registámos 11 mortos no incêndio, entre os quais estão duas mulheres”, revelou uma fonte policial à rádio Cooperativa, citada pela agência France Presse.
Em Valparaíso, que tem um bairro histórico classificado pela UNESCO como património da Humanidade, foi ativado o plano de catástrofes para fazer face a este incêndio, que ao fim de mais de doze horas ainda não foi controlado pelas autoridades e ameaça o centro da localidade.
Pelo menos uma dezena de helicópteros e de aviões de combate aos incêndios estão, neste momento, a combater o fogo.
Entretanto, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, chegou a Valparaíso para se inteirar da dimensão do incêndio, que causou a morte de, pelo menos 11 pessoas, obrigou à retirada de cinco mil e destruiu 500 casas.
O incêndio começou com um fogo florestal em La Pólvora, mas o vento forte fez com que se propagasse às zonas povoadas de La Cruz, El Vergel, Las Cañas e Mariposas.
O procurador de Justiça abriu um inquérito para determinar as causas do incêndio, que já levou ao corte do fornecimento de água potável e eletricidade a muitos dos bairros da cidade.
Com cerca de 270.000 habitantes, Valparaíso é uma cidade portuária localizada a 120 quilómetros de Santiago do Chile e assente principalmente em encostas íngremes, separadas por vales, que está a ser devastada por aquele que já é considerado o pior incêndio da sua história.
Tal como aconteceu com o terramoto ocorrido a 01 de abril no extremo norte do país, que causou seis mortos e graves danos materiais, a Presidente do Chile decretou rapidamente o estado de exceção constitucional, que concede às Forças Armadas o comando para garantir a ordem e segurança e a coordenação dos trabalhos de evacuação.
/Lusa