António Cotrim / Lusa
Simpatizantes da CGTP-IN durante as comemorações do 1.º de Maio de 2020 em Lisboa
As centrais sindicais voltam a estar divididas quanto às comemorações do 1.º de Maio. A CGTP vai organizar dois desfiles e duplicar a concentração na Alameda Dom Afonso Henriques; a UGT cancelou qualquer iniciativa presencial e volta-se para o online, com um debate que conta com a presença dos ex-ministros Vieira da Silva e Paulo Pedroso.
O Dia do Trabalhador volta a acontecer com Portugal em estado de emergência, mas, ao contrário do ano passado, não vigora o confinamento obrigatório nem a proibição de circulação entre concelhos.
Este ano, em Lisboa, a CGTP vai organizar dois desfiles de rua que se juntam na Alameda Dom Afonso Henriques, o habitual recinto das comemorações do 1.º de Maio da central sindical.
Ao Expresso, os responsáveis da CGTP garantiram estar articulados com as autoridades de saúde e respeitar “escrupulosamente as normas de segurança”. Além disso, adiantaram estar a preparar ações em todas as capitais de distrito, que passam por concentrações, desfiles e manifestações de rua.
Já a UGT opta, pelo segundo ano consecutivo, por uma comemoração do Dia do Trabalhador totalmente virtual. “Eu não brinco”, disse ao semanário Carlos Silva, secretário geral da central sindical, que decidiu “não contribuir para aumentar a confusão”.
No dia 1 de maio, o debate online vai concentrar-se nos problemas da contratação coletiva e contar com dois ex-ministros socialistas do Trabalho: Vieira da Silva, antecessor da atual ministra e conselheiro da Comissão Europeia para a cimeira social que decorre no Porto no âmbito da presidência portuguesa da UE, e Paulo Pedroso, ministro de Guterres que bateu a porta ao PS por divergências na área laboral.
Miguel Cabrita, secretário de Estado-adjunto de Ana Mendes Godinho, também foi convidado, mas ainda não confirmou a sua presença. O Expresso avança que a atual ministra não foi convidada para assistir ao evento online.
