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Linha Cancro recebeu quase duas mil chamadas em 2013

clarita / Morguefile

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Perto de duas mil pessoas ligaram em 2013 para a Linha Cancro, principalmente para obterem informações sobre direitos gerais e sobre a doença oncológica, segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).

A Linha Cancro, um serviço de apoio ao doente, familiares e amigos, que completa seis anos hoje, Dia Mundial Contra o Cancro, recebeu 1.878 chamadas no ano passado, de acordo com os dados enviados à agência Lusa.

O serviço disponibilizado pela LPCC, com o apoio do Ministério da Saúde desde 2011, presta informações sobre o cancro, mas também outro tipo de esclarecimentos de carácter mais geral.

A procura de informação sobre cancro da mama é a mais realizada, seguida da informação sobre o cancro colorretal, estômago e outras do aparelho digestivo, próstata e pulmão.

As chamadas mais frequentes relacionam-se com pedidos de informação sobre os direitos gerais do doente oncológico, nomeadamente questões relacionadas com atestados médicos de incapacidade multiusos, juntas médicas, benefícios ao nível do IRS e o pagamento de taxas moderadoras.

Há ainda pedidos de informação sobre a doença, sobre acções de rastreio da LPCC, o apoio social integrado e o apoio psicológico.

Para assinalar o dia mundial de luta contra o cancro, a LPCC foca-se este ano nos mitos sobre o cancro e a importância de desmistificar algumas falsas ideias que existem sobre a doença.

São principalmente quatro mitos que a LPCC considera que importa clarificar: é importante falar sobre a doença, pelo impacto positivo, individual e comunitário, que pode ter; para muitos tipos de cancro há sinais e sintomas de alerta que importa conhecer para uma detecção precoce; há muito a fazer, quer a nível individual, comunitário ou de políticas de saúde, em relação ao cancro; todas as pessoas têm igualdade de direitos no acesso a tratamentos.

Casos de cancro no mundo devem crescer 57% nos próximos 20 anos

De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Cancro, se em 2012 foram diagnosticados 14 milhões de casos, a previsão é de que haverá 22 milhões nas próximas duas décadas. No período, as mortes por cancro, que actualmente chegam aos 8,2 milhões por ano, devem chegar a 13 milhões.

Os tipos de cancro mais frequentes a nível mundial são os de pulmão (1,8 milhão de casos, 13% do total), mama (1,7 milhão, 11,9%) e cólon (1,4 milhão, 9,7%). Segundo o relatório, o cancro de pulmão é responsável pelo maior número de mortes (1,6 milhão, 19,4%). Seguindo-se o de fígado (9,1%) e o de estômago (8,8%).

Mais de 60% dos casos encontram-se em África, na Ásia, América Central e América do Sul, regiões que concentram um total de 70% das mortes causadas pela doença em todo o mundo.

O estudo teve a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países. A OMS indica que o envelhecimento da população e a falta de um sistema de saúde eficiente em países subdesenvolvidos serão os principais motivos desse aumento.

ZAP / Lusa / ABr

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