Dragão volta a eclipsar-se em casa

Manuel Fernando Araújo / Lusa

STOP ao “dragão”. O FC Porto chegou na tarde deste sábado ao terceiro jogo consecutivo sem vencer no campeonato.

O conjunto da Invicta foi travado em casa por um Famalicão que foi atrevido e organizado durante grande parte do encontro, mas que foi perdendo fôlego na última meia-hora, período em que contou com um super guardião.

Com os nervos em franja (mais uma vez), os portistas entraram em falso na partida, tiveram de correr atrás do prejuízo, conseguiram asfixiar o oponente com a entrada em cena de Galeno, mas foram perdulários no momento da finalização e nunca conseguiram ter o controlo emocional para contornar a muralha minhota.

Na era Armando Evangelista, o Fama não sabe o que é perder e sai da Invicta com um precioso ponto. Cádiz (bisou), Zaydou (na própria baliza) e Taremi foram os goleadores de serviço.

Na sequência do desaire ante o Vitória minhoto, Sérgio Conceição promoveu cinco alterações no “onze”, com as entradas de Otávio, Zé Pedro, Grujić, Iván Jaime e Evanilson para as vagas de Fábio Cardoso (lesionado), Pepe (castigado), Alan Varela, Galeno e Namaso.

No lado famalicense, Armando Evangelista promoveu as entradas de Haas e Sorriso para os lugares dos castigados Riccieli e Chiquinho.

A equipa visitante mostrou-se atrevida, defendia com afinco e era sagaz e incisiva nas investidas ofensivas. Foi assim que nasceu o primeiro golo da tarde: Puma Rodríguez assistiu e Jhonder Cádiz “fuzilou” de cabeça, num lance que expôs as fragilidades do processo defensivo dos vice-campeões nacionais.

Foi célere a resposta portista, Evanilson não desistiu, Francisco Conceição agitou as águas e Zaydou Youssouf marcou na própria baliza.

O FC Porto continuou a ter mais bola, mas pertenciam ao Famalicão as ocasiões mais claras: Sorriso (25’), Gustavo Sá (40’) até que no período de descontos Cádiz, ele que marca há três jornadas consecutivas, só teve de encostar finalizando a preceito um centro rasteiro de Gustavo Sá.

Jhonder Cádiz foi o principal destaque neste período inicial com três remates, dois golos, 24 acções com a bola, dois duelos conquistados, quatro perdidos e um GoalPoint Rating de 6.9.

Ao intervalo, Conceição revolucionou o xadrez e fez três alterações de uma assentada. Alan Varela organizou a zona central, Galeno deu outra largura ao corredor esquerdo e Taremi presença na área.

Até aos 63 minutos, o “Fama” conseguiu aguentar a vantagem e viu Cádiz ameaçar o “hat-trick”, a partir daí, os “dragões” asfixiaram a área do opositor e coleccionaram diversas ocasiões de golo.

Ora Luiz Júnior, com um sem fim de intervenções (65’, 72’), ora os desacertos de Evanilson (72’) e de Taremi (72’ e 74’) iam adiando aquilo que ocorreu aos 82’ com Taremi a marcar, algo que não fazia desde Dezembro do ano passado.

A pressão portista intensificou-se, os minhotos ainda conseguiam esticar o jogo e viram o remate de Puma ser travado por Diogo Costa, Evanilson foi expulso, o nono vermelho do FC Porto na prova, no período de descontos e o empate perdurou até ao apito final.

Os “azuis-e-brancos” praticamente disseram adeus a uma presença entre os dois primeiros lugares da classificação e os famalicenses colocaram um ponto final numa sangria de 12 derrotas consecutivas em confrontos ante os chamados “três grandes”.

Melhor em Campo

Exibição gigante do jovem guardião Luiz Júnior. Sempre atento, foi a principal barreira na tentativa de remontada dos portistas. Concluiu a partida com oito defesas, ao todo evitou 0,4 golos (defesas – xSaves), sendo que uma das intervenções parou uma ocasião flagrante.

Além disso, teve três saídas pelo ar eficazes em quatro acções e acertou quatro dos nove passes tentados (eficácia de 44%). Júnior foi o MVP da partida com um GoalPoint Rating de 7.9.

Resumo

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