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Secretário de Estado usa subsídio para pagar casa onde não vive

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(dr) Sul Informação

Carlos Martins, Secretario de Estado Ambiente

O secretário de Estado do Ambiente admite que está a residir em Cascais e que utiliza o dinheiro do subsídio de alojamento que recebe, por via das suas funções públicas, para pagar o empréstimo de uma casa que adquiriu no Algarve.

Carlos Martins recebe 360 euros de subsídio de alojamento, apesar de viver a cerca de 20 quilómetros de Lisboa, aponta o Diário de Notícias. Valor que o próprio diz usar para pagar o crédito do apartamento que comprou no Algarve.

O governante reside numa vivenda de 300 metros quadrados, em Murches, Cascais, mas indicou como residência permanente o apartamento que adquiriu em 2015, em Tavira, no Algarve.

A situação começou por ser divulgada pelo Expresso, notando que o subsídio resulta de um despacho assinado, no ano passado, por António Costa e que abrange outros governantes.

O próprio Carlos Martins assume esta circunstância em declarações divulgadas pelo DN que cita o gabinete de imprensa do Ministério do Ambiente.

O secretário de Estado adquiriu o apartamento em Tavira em Novembro de 2015, no seguimento da nomeação como presidente da empresa Águas do Algarve. Só que, pouco depois, tomou posse como secretário de Estado do Ambiente.

“Ao assumir funções no Governo, a 27 de Novembro de 2015, teve de regressar a Lisboa e passou a utilizar a habitação em Murches, onde a sua esposa ainda residia”, sustenta a fonte do Ministério do Ambiente citada pelo DN.

Assim, o governante não cumpriria os requisitos para receber o subsídio de alojamento que se destina apenas aos ocupantes de cargos públicos que tenham residência permanente a mais de 150 quilómetros de Lisboa.

Mas Carlos Martins argumenta que, quando comprou o apartamento no Algarve, o contrato de compra e venda e de empréstimo celebrado com a Caixa Geral de Depósitos sublinha que está em causa uma aquisição para habitação própria e permanente.

“A não observação dessa situação poderia fazer incorrer em incumprimento contratual e no direito da referida instituição bancária de exigir o imediato pagamento do valor do empréstimo”, considera a nota enviada ao DN.

Assim, o governante recorre ao contrato com a CGD para defender o subsídio contra a circunstância de morar, de facto, em Cascais.

“O secretário de Estado mantém os compromissos e encargos da sua residência própria permanente, em Sta. Luzia [Tavira]. Tendo em conta que o valor líquido do subsídio de alojamento, cerca de 360 euros, corresponde a um valor aproximado a esses encargos, não tenciona o Secretário de Estado do Ambiente prescindir do mesmo”, diz ainda a nota do Ministério.

ZAP

25 Comments

  1. E andamos nós a pagar a estes chulos.
    Sempre escudados em pormenores “técnicos”!
    Temos de ser nós a EXIGIR moralidade e ética deste CORRUPTOS.

    • No funcionalismo publico receber sem trabalhar é um direito
      no privado é crime.
      No publico trabalha-se demais e por isso passam para as 35 horas(de trabalho?)
      No privado trabalha-se 40 horas (no minimo)
      No publico o sistema de saude é flexivel hospital e/ou clinica privado x ou y, à escolha, com consultas ou operações numa questão de dias.
      No privado S.N.S consultas para o medico de familia a demorar meses, consultas de especialidade no minimo 1 ano, e operações ainda mais, tudo em nome da sustentabilidade.
      TANTOS DOUTORES (PAPAGAIOS) TANTA COMUNICAÇÃO SOCIAL, NINGUEM ENXERGA, É PRECISO UM GAJO COM POUCO MAIS QUE A 4a CLASSE PÔR A BOCA NO TROMBONE
      ACORDA PORTUGAL.

  2. Por estas e por outras é necessário tomar a resolução dos problemas nas nossas mãos.
    Procurem no site da Petição Pública pela petição “Pela indexação do vencimento dos políticos ao salário mínimo nacional”.
    Assinem!
    As coisas só não mudam porque preferimos deixar as alminhas “iluminadas” decidir por nós, depois estamos na bonita mer** que estamos.

  3. Mais um “chico esperto” com cobertura do chefe da geringonça.
    Nisto são todos iguais(ou quase).
    PSD com vários exemplos do qual o mais flagrante foi Miguel Relvas(casa em Lisboa mas dizia que era de Castelo Branco).PS também tem vários figurões(lembram-se ainda da Inês de Medeiros?)O CDS também tem alguns bons exemplos como o “deputado Batman” e os das viagens “de trabalho” fantasmas.
    Enfim uma gamela onde muitos dos “porcos” não param de comer.
    Proponho um grande movimento de opinião pública que EXIJA o fim destas mordomias.

  4. Ou seja… Está a enganar o estado (nós), a CGD, as finanças e sabe-se lá quem mais. Política à portuguesa no seu melhor.

  5. Alguém que confessa que está a enganar o Estado fazendo parte dele, está certamente perdoado. O BE devia propor um Chulexit tenho a certeza que quase todos os portugueses votavam a favor de correr com os chulos da politica.

  6. E andamos preocupados com o dinheiro dos colégios de associação que concordemos ou não, pelo menos servem os nossos filhos e a educação que é um pilar da nossa sociedade.

    Estes casos é que deviam ser preocupação de todos, estes e todo o financiamento que se faz à banca privada…

    O estado só deveria assegurar a saúde, a educação e a segurança… só deveria haver um banco e este ser regulador também… e assegurar os serviços necessários à população…. o resto deveria ser por conta de cada um…

  7. Palavras para quê?
    Mais um BOY a viver à conta do Estado, enquanto não lhe arranjam um tacho melhor.
    E até é do Clube das Esquerdas !!!!
    Dos que zelam pela qualidade de vida dos mais desfavorecidos.
    Mas não é o único.
    Se derem um saltinho à Assembleia da República vão encontrar mais algumas aberrações deste género.
    Ou já ninguém se lembra de uma Deputada q foi eleita por Lisboa, mas que queria viagens semanais, pagas por nós, para ir a Paris visitar o marido?

  8. Errado. Criticável, senhor Secretário de Estado do Ambiente. Não deveria ser ninguém a chamar a atenção para este caso mas sim o senhor. A honestidade fica bem a toda a gente e mais ainda a um representante do Estado. Se a casa adquirida é para habitação própria, que o seja, mas o que tem a fazer é pagar do seu bolso a prestação contratada. Não tem direito ao subsidio, não senhor. Há que haver transparência. Há que haver honestidade. O SEA tem a obrigação moral de o ser. Surpreendem-me os seus argumentos. Descabidos, descabelados, sem qualquer sentido ou razoabilidade.

  9. Espero que António Costa lhe mostre a porta de saída, mas das traseiras, porque pessoas destas fazem parte do passado.
    Se assim não for corremos o risco de ser iguais aos outros que substituímos e para ser igual não vale a pena mudar.

    • Não votar ainda é bem pior!!!
      Os outros decidem por ti; depois não te queixes!..
      E também és culpada por não cumprires a tua obrigação!!

  10. Quase todos os políticos são corruptos. A excepção nos últimos 100 anos foi Salazar, o único que colocou Portugal sempre em primeiro lugar e nunca usou a política para benefício pessoal.

    • Custa muito concordar, mas é uma realidade cada vez mais evidente, os políticos estão servir-se das próprias leis que criaram para se aproveitarem… .

  11. Foi copiar o Miguel Macedo. E aposto que no verão aluga a dita casa em Tavira, SEM RECIBO, nas semanas que lá não está. A propósito o Passos Coelho já pede recibo da casa que aluga em Altura ou ainda se esquece das tais partes dos impostos e afins? Será que quando era PM era ele ou o estado que pagava a casa de férias, mais aos seguranças e motoristas…gostava de ver a factura que arrendatário passava, ou não.

  12. Eu não concordo com nenhuma das opiniões aqui reproduzidas. Isto é, só concordo com o facto de receber 360€que será uma gota de água que recebe pela função é eventuais outras actividades não incompatíveis.
    Mas no que a notícia refere o sr comprou uma casa no Algarve para sua habitação permanente antes de ser convidado para ser secretário de estado. Pela função que tinha antes era lá que iria viver e é essa a sua morada oficial senão não era própria e permanente. Depois do convite como a esposa tinha uma casa em Cascais passalagrande parte do tempo mas oficialmente não é à habitação permanente. Mais, quanto a mim, uma não notícia a que de vez em quando o zap nos habitua .

    • Se eu ou você comprar casa e depois for trabalhar para longe da casa que comprou, o patrão paga-lhe o empréstimo?
      Ou você tem de se desmerd@r e vende a casa ou tem que ter ordenado para pagar as duas rendas?
      Mais uma vez o dinheiro dos meus impostos a fazer caridade para estes figurões!
      Se você concorda pague você do seu bolso!

  13. Em resposta a JCM: o comportamento deste secretário de estado é altamente reprovável, sim senhor! Mas não ataque os funcionários públicos! Eu, como muitos outros, trabalho e muito para receber o meu salário… Moro a 70 Km do meu emprego, não tenho qualquer subsídio de deslocação, dou aulas à noite 2 vezes por semana… E saiba ainda que os funcionários públicos descontam bastante dos seus ordenados para a ADSE, e é isso que permite depois ter descontos em consultas no privado! Mas não é por ter ADSE que no SNS tenho direito a tratamento especial (nem acho que deva ter, obviamente) – acredite que está completamente errado!!

  14. Eu também não prescindia…mas eu não tenho esse tipo de direitos. Temos de perceber que há uns que têm e outros que não! eu, faço parte dos outros.

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