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Funcionário público há 24 anos, Marcelo quer pagar dívida moral ao país

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José Coelho / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa, antigo presidente do PSD, discursa durante a apresentação da sua candidatura à Presidência da República

Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua candidatura à Presidência da República por considerar ter de pagar ao país o que dele recebeu e por ter o desprendimento exigido de quem não precisa de “lugares, promoções e popularidades”.

“Cumprirei o meu dever moral de pagar a Portugal o que Portugal me deu. Serei candidato à Presidência da República de Portugal”, afirmou, dizendo que de outro modo “sentiria o remorso de ter falhado por omissão”.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou nesta sexta-feira a sua candidatura à Presidência da República em Celorico de Basto, concelho do distrito de Braga onde está recenseado e de onde é natural a sua avó materna.

Foi na Biblioteca local, sem assessores ao lado, que anunciou a decisão “tomada em cima da hora”, disse.

“Sou funcionário público há 24 anos”, também sublinhou, enumerando os 42 anos de carreira como professor, como autarca em vários concelhos, como líder de Associações e de Fundações de Utilidade Pública e como conselheiro de Estado de dois Presidentes da República.

“Liderei o meu partido no começo de uma difícil travessia no deserto e viabilizei três Orçamentos de Estado a pensar no interesse nacional, permitindo a um Governo minoritário que durasse quatro anos, que nessa e várias outras ocasiões trabalhei por diálogo e tolerância”, mencionou ainda, frisando também que foi um dos que “fez a Constituição”.

Mencionando o “sentido nacional” e “o espírito de convergência”, o professor também avisou que com a “ingovernabilidade crónica” ou “governos a durarem seis meses ou um ano”, “não há desenvolvimento, nem justiça, nem mais igualdade”.

“É preciso construir pontes e não criar ou manter fortalezas ou barreiras”, aconselhou o professor na onda de recados aos Partidos que negociam para a formação do novo governo.

E depois vincou aqueles que serão os principais lemas da sua estratégia de candidatura, notando que “o fim maior na política é o combate à pobreza, é a luta contra as desigualdades, é a afirmação da justiça social”.

“Portugal tem de sair claramente de um clima de crise financeira, económica e social, pesada e injusta que já durou tempo demais”, concluiu.

ZAP / Lusa

8 Comments

  1. É preciso ter lata: com que então o Estado “dá” aos funcionários públicos? Só se forem gases! O Estado explora-nos, a nós que não temos possibilidade de ir para o setor privado ou de ir para uma Câmara ou Junta de Freguesia. Nós, funcionários públicos a sério, que subimos a pulso desde a fase dos contratos até à nomeação definitiva e que nos arrastamos até ao topo das carreiras – os que lá chegarem – nós somos os PRETOS deste país desgovernado. O MRS que seja homem e confesse que se candidata por ambição pessoal, ou seja lá o que for, e pare de faltar ao respeito a quem não precisou de estar filiado num partido político para estar numa carreira. E mais: é com muita honra que o digo: sou funcionário público, não preciso de nenhum partido para ser um bom profissional.

  2. “Cumprirei o meu dever moral de pagar a Portugal o que Portugal me deu” Mas o que é que Portugal lhe deu? Será que “este” vive num mundo de fantasia, como o Passos Coelho? Se quer agradecer o que “alguém” lhe deu (seja lá o que fôr) a melhor forma é estar calado (com todo o respeito á democracia). Marcelo é do pior que há. Foi, aos poucos ganhando popularidade (a tal que não precisa) e ganhando tempo. Vendo o que os outros faziam e criticar… Mas aprender… não em não fazer o que os outros fizeram de mal, mas sim em esconder. Ele é homem de bastidores. É aquele que manipula a opinião pública. Provavelmente é o que faz os textos do “bufo” (entre parêntesis porque de bufo não tem nada!) Marques Mendes. Diz o que o povo quer ouvir dizer, mas… acaba por dizer aquilo que realmente quer dizer. É um mestre manipulador. Acham que o Cavaco esteve mal e foi maquiavélico ao “tender” só para um lado? Até esperem para ver o Marcelo. O livro que o Cavaco andou a ler, foi o Marcelo que o escreveu… Vai ganhar, sem dúvida! as vai ser 100% (se não mais!) pior que o Cavaco. Preparem-se… Queres pagar a “tua dívida”? Via trabalhar (de borla!) para instituições de caridade! Deixa-te de tretas! Não queres promoções? Anda para Presidente!

  3. Muito agradeço a esse Senhor que não se preocupe em pagar a dívida. Portugal precisa de sangue novo, isento e capaz, para ultrapassar o impasse em que nos encontramos

  4. Divida perdoada, não precisa de pagar nada desde que nos deixe em paz, não há paciência que aguente a verborreia balofa de um fala-barato. O massacre televisivo chegou!

  5. Não sei se comento a notícia ou os comentários….
    Pelo amor de Deus…

    Pagar divida… Pois acredito, Político não é sinónimo de honestidade nem nada parecido… deve estar com remorsos de ter metido pouco aos bolsos…
    Está a quere deixar um bom pé-de-meia aos filhos e netos…
    Agora eu sou novo tenho uns 11 anos de contribuição… trabalho 40 horas semanais recebo pouco mais que o grande salário mínimo nacional tenho família vivemos o dia-a-dia a fazer contas… no final do mês não só não consigo por um euro de lado como ainda temos de assaltar as poucas poupanças que conseguimos amealhar quando trabalhava 7 dias por semana 8 horas por dia… numa fabrica durante a semana e aos fins-de-semana num hipermercado.
    Sei que daqui a 10 anos ainda trabalho a contratos que o meu ordenado vai ser o mesmo… futuro não vejo futuro pelo menos neste país de bananas…
    Vivo neste país onde não existe respeito dos cidadãos uns pelos outros quanto mais por parte da cambada da política… as pessoas ainda hoje no centro de saúde a reclamarem pela falta de médicos e por terem de ir as 6 horas da manhã para as filas mas, no dia das eleições la foram votar nos ratos que os mais de 40 anos roem este país à beira mar plantado…
    Tenham vergonha… Senhor rato Marcelo tenha vergonha a vá para o lar cantar cantigas e remendar as peúgas…

  6. Que de comentários a tresandar a mofo. Ou será a podre…?!
    Meus senhores, quero comunicar-vos aqui a minha satisfação pessoal pelo facto do professor se candidatar à Presidência da República. Não porque vou deixar de ter as habituais querelas familiares aos domingos à noite (uns querem ver o Jornal da TVI, outros – a maioria – querem ver o Panda…) mas porque creio que será uma vantagem para o nosso país. Conheci-o como aluno e devo dizer que sempre admirei a inteligência, a boa disposição e espontaneidade do candidato. Creio que está á altura do cargo e pode fazer bem melhor que o Cavacão. Não sou do PSD, garças a Deus, mas acredito que dificilmente teremos melhor candidato.
    Quanto a ser funcionário público, deixem-me dizer-vos uma coisa. Sou profissional liberal, mas sou casado com uma funcionária pública (quadro superior) e devo dizer que ela e a restante família têm pago um preço altíssimo por isso: arruinaram-lhe a carreira, arruinaram-na economicamente e por fim, arruinaram-lhe a saúde. É essa a realidade de que tenho conhecimento na segunda pessoa. Quanto a comparar o Marcelo a qualquer funcionário público, creio que é profundamente errado, pois ele não recebe pouco mais que o salário mínimo, nem tão pouco tem pouco mais que a quarta classe…

  7. A divida é ao padrinho Marcello. Pois este há anos que adormece o povinho com tempo de antena paga ainda por cima e agora quer ser PR para pagar uma divida? Se calhar é mais um que se esqueceu de fazer descontos (mais um Xupa e pelos vistos músico) deve ser para nos dar conversas em família – vejam lá este tesourinho – https://www.youtube.com/watch?v=TlEYA5PyWTg&spfreload=10
    Sai da fila que há muitos funcionários públicos com mais tempo que tu…

    Oh homem saia da universidade e vá para o conservatório dar aulas de música, Afinal em Portugal proliferam os festivais de música e o povinho gosta de emprenhar pelos ouvidos.

  8. Eu sou licenciado e a minha esposa também… qual a diferença para um não licenciado? A diferença é que gastamos rios de dinheiro em cursos e agora… ela esta desempregada e eu trabalho com engenheiro mas recebe-o um salário de serve-te… é o que temos…
    Uma pessoa inteligente claro que sim se não, não era político… claro eu é inteligente da lógica da batata é um expert no 2+2 =4 certo…
    Tenham um mínimo de decência melhor que este rato decerto que temos mas não se deve, candidatar pois político é diferente de pessoa idónea, justa e honesta, logo quem têm um mínimo de decência, coração e seriedade já mais vai para a política…
    Os funcionários do privado também ficam, doentes, desempregados, e trabalham 40 horas ou mais…
    Respeito por quem faz este país se mexer… pois a ver pelas Greves dos últimos 4 anos viu-se quem tinha de trabalhar e quem podia fazer Greve…

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