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Bono foi considerado uma das “mulheres do ano” (e não foi por engano)

Peter Neill / Wikimedia

Bono Vox, líder da super-banda U2

Bono Vox, líder da super-banda U2

Bono Vox, o vocalista dos U2, foi o primeiro homem a ser distinguido nos prémios “Mulheres do Ano”, que a revista Glamour entrega anualmente.

Depois de Bob Dylan ter sido o escolhido para ganhar o prémio Nobel da Literatura, eis que chega Bono Vox para conquistar uma distinção que, à partida, deveria ser de uma mulher.

O vocalista dos U2 foi distinguido pela revista Glamour como uma das “Mulheres do Ano” na edição de 2016, e desengane-se quem pensa que tudo não passou de um erro editorial.

O músico irlandês foi premiado – como “Homem do ano” – graças ao trabalho humanitário que tem feito em busca da igualdade de género, sobretudo, em países menos desenvolvidos.

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“Não são muitas as celebridades que podem trazer cerca de 100 mil milhões de dólares em cancelamento de dívida para 35 dos países mais pobres do mundo ou persuadir o Governo dos Estados Unidos a dar a maior contribuição jamais vista para salvar pessoas com SIDA em África, como fez o Presidente George W. Bush fez em 2004”, justifica a revista.

Além disso, a publicação destaca a campanha “Poverty is Sexist”, a nova iniciativa de Bono que tem como objetivo ajudar mulheres que vivem nos países mais pobres do mundo.

Em declarações à revista norte-americana, Bono diz ter sido surpreendido com a distinção mas está muito agradecido pelo reconhecimento do seu trabalho.

Tenho a certeza que não o mereço. Mas estou agradecido por este prémio por ser uma oportunidade para dizer que a batalha pela igualdade de género nunca será ganha a menos que os homens lutem por isso ao lado das mulheres. Somos largamente responsáveis pelo problema, por isso temos de estar envolvidos nas soluções”, afirmou.

O artista figura ao lado de personalidades como as fundadoras do movimento Black Live Matters, a iraquiana yazidi Nadia Murad, vencedora do prémio Sakharov, a atleta olímpica Simone Biles e ainda Emily Doe, a vítima do violador de Stanford que escreveu uma emotiva carta ao agressor que, entretanto, foi solto ao fim de apenas três meses de prisão.

ZAP

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