“Se essa for a única forma de levar a paz aos cidadãos da Ucrânia…”, diz presidente. Mas Governo da Rússia fala em “palavras vazias”.
Volodymyr Zelenskyy está de facto a mudar o seu discurso ao longo das últimas semanas.
O presidente da Ucrânia tinha repetido, ao longo de quase três anos, que a guerra com a Rússia só terminaria quando os russos fossem expulsos no terreno. Mas em Dezembro admitiu: os soldados presentes no terreno já não são suficientes. “É a realidade. Temos que encontrar soluções diplomáticas“.
Agora, e depois de recusar várias vezes falar directamente com Vladimir Putin, também aí mostrou outra postura.
“Se as pessoas acreditam que devemos passar para a via diplomática, e eu acredito que estamos prontos para passar para a via diplomática, precisamos de ter os EUA, a Europa, a Ucrânia e a Rússia”.
“Se essa for a única configuração através da qual levar a paz aos cidadãos da Ucrânia… E não perder vidas… Iremos decerto endossar essa configuração de uma reunião com esses quatro participantes”, disse o presidente ucraniano em entrevista ao jornalista Piers Morgan.
E pouco importa o que Zelenskyy pensa sobre Putin: “Mas o que interessa isso? Não vou tratá-lo bem, seja como for. E, para ser franco, considero-o um inimigo. E, para ser franco, acho que ele também me considera um inimigo”.
O Kremlin foi rápido a reagir. O porta-voz Dmitry Peskov acha que o presidente da Ucrânia mostrou “prontidão” mas sem “boa vontade e desejo”, atirando: “Isto só pode ser visto como palavras vazias”.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, tem rejeitado a presença do presidente da Ucrânia como participante de negociações. Lembra que a Ucrânia já deveria ter realizado eleições presidenciais no ano passado – mas a lei da Ucrânia não permite eleições enquanto a lei marcial permanecer em vigor.
Guerra na Ucrânia
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