Uma recente investigação do jornal britânico The Times descobriu 100 casos nos quais as transmissões ao vivo da plataforma eram utilizadas por pedófilos para abusar de crianças.
O The Times descobriu recentemente 100 casos nos quais as transmissões ao vivo desta plataforma eram utilizadas por pedófilos para abusar de crianças. Mas foi mais longe: sabe-se ainda que, mesmo depois de os vídeos terem sido reportados, metade deles não foi prontamente removida do YouTube.
Segundo o jornal londrino, as transmissões foram todas feitas por crianças e os pedófilos usavam a secção de comentários par a pedir que elas tirassem a roupa. Num dos vídeos, destaca o CanalTech, duas meninas de oito anos tiraram as calças durante uma transmissão a pedido de um adulto.,
Dos 100 vídeos encontrados pela equipa do jornal e reportados, apenas 50 foram removidos com base na denúncia. A outra metade só foi removida depois de o The Times ter entrado em contacto com a assessoria de imprensa do YouTube.
Em comunicado enviado ao Business Insider, o YouTube defendeu-se, alegando que apenas quatro dos 50 vídeos enviados para a assessoria de imprensa haviam sido denunciados.
Além disso, reiterou que a empresa possui regras rígidas no que diz respeito à remoção de qualquer conteúdo que promova atitudes pedófilas, estando continuamente a trabalhar em algoritmos para remover esse conteúdo da forma mais rápida possível.
Ao The Times, a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC) do Reino Unido, afirmou que o YouTube tem falhado continuamente em proteger as crianças de abusadores na plataforma.
O YouTube é um dos sites mais acessados por pedófilos para manipular, chantagear e ameaçar crianças a fazer coisas que, de outra forma, nunca fariam em frente a uma câmara.