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Web Summit em risco e 7 milhões a arder? Gigantes tecnológicas batem com a porta

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Várias gigantes tecnológicas anunciaram que não vão participar na Web Summit que vai decorrer de 14 a 16 de Novembro próximos em Lisboa. Isso coloca em risco o sucesso do evento que vai custar milhões aos cofres públicos.

Nem a demissão da Paddy Cosgrave como presidente-executivo da Web Summit, no passado sábado, acalmou os ânimos. Empresas como a Alphabet e a Meta, detentoras da Google e do Facebook, respectivamente, mas também a Intel, a Amazon Web Services, a Siemens e a Stripe, retiraram-se do leque de parceiros da Web Summit.

Isto depois das declarações de Paddy Cosgrave a propósito da guerra entre Israel e o Hamas no Médio Oriente. “Crimes de guerra são crimes de guerra, mesmo quando cometidos por aliados”, escreveu o já ex-CEO da Web Summit sobre o apoio do Ocidente a Israel numa publicação de 13 de Outubro passado, na rede social X, o antigo Twitter.

As palavras de Cosgrave geraram revolta e o Embaixador de Israel em Portugal apelou mesmo ao boicote à Web Summit.

A meio do tumulto de críticas, Cosgrave deixou a liderança do evento tecnológico, mas, apesar disso, várias empresas mantêm-se afastadas da Web Summit.

“A decisão já é pública e está tomada”, realça no Jornal Económico o country manager da Google Portugal, Bernardo Correia, frisando que a ausência da Google é algo “definitivo”.

Também há diversas personalidades que, a título pessoal, resolveram afastar-se daquele que é um dos maiores eventos tecnológicos do mundo. E vários investidores israelitas já anunciaram que não vão participar na cimeira.

Entretanto, um porta-voz da Web Summit refere, em declarações ao Jornal de Negócios, que vai ser nomeado “um novo CEO o mais rapidamente possível” e assegura que “o evento de 2023 em Lisboa decorrerá tal como planeado”.

A construção das infraestruturas para o evento no Parque das Nações, arrancou nesta segunda-feira, como nota o Económico.

“Esperamos receber até 70 mil pessoas em Lisboa com um programa completo”, aponta uma fonte da organização a este jornal que nota que vão participar três centenas de startups, mais de 800 investidores e milhares de jornalistas.

Moedas destaca “evento importantíssimo para a cidade”

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, trata de frisar que a Web Summit é um evento de “inovação e tecnologia” e não de “política e geopolítica”, conforme declarações à TSF.

Moedas trata de desvalorizar as posições pessoais de Cosgrave e destaca que é “um evento importantíssimo para a cidade“. Por isso, é preciso “trabalhar” para que “corra bem”, acrescenta.

Bloco de Esquerda quer travar financimanto de 7 milhões

A Câmara de Lisboa está a planear apoiar a Web Summit com um financiamento público de sete milhões de euros. A proposta será debatida e votada na reunião extraordinária de quarta-feira e o Bloco de Esquerda (BE) quer travá-la.

“Os pressupostos da proposta não estão cumpridos”, destaca o BE num comunicado, frisando que, no fim-de-semana, “o presidente da Câmara Municipal de Lisboa não foi capaz de garantir que o evento se irá realizar e em que moldes“.

“A aprovação de sete milhões de euros para um evento em que Carlos Moedas ainda estará ‘a pensar na forma como a Web Summit irá decorrer’ seria só má gestão de dinheiros públicos, mais ainda quando esse dinheiro poderia ser usado na construção de quatro creches para 300 bebés, ou na recuperação de duas escolas básicas melhorando a vida de cerca de 250 crianças”, destaca ainda o Bloco.

ZAP // Lusa

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11 Comments

  1. O comentário, tal como o seu, pode e deve ser feito quando cada um acha pertinente. A liberdade de expressão ainda devia valer alguma coisa. O problema são as grandes tecnológicas usarem da censura uma moeda de troca p atingirem interesses próprios. E agora vem o moedas como uma espécie de pseudo Messias tentar salvar o evento c dinheiro público.

  2. O poder do lobby judeu
    A liberdade é uma miragem….alguns -a maioria-bloqueiam à força outros os ditos democráticos financeiramente
    Paddy foi vitima do poder daquilo que se sempre acreditou….as redes sociais….que como se esperava é a verdadeira arma da ditadura através da “verdade da mentira”

  3. O único que preocupa este senhor são os €€€, por isso se demitiu de CEO da websummit. A questão é que as pessoas não são tontas e sabem perfeitamente que o senhor continua a ser o principal acionista da empresa que organiza o evento e dessa forma pretende continuar a receber os elevados royalties e dividendos que a empresa recebe.

  4. Como se pode ver a liberdade de expressão no mundo ocidental vale quase tanto como na Rússia na China ou no Irão.
    A diferença é que nesses países vão parar à prisão determinada pelo poder central onde recebem comida.
    No mundo acidental é-lhes retirado o sustento e colocados na rua pelos poderes descentralizados.

  5. Esta é a prova de que o dinheiro judeu controla o mundo (tal como em séculos passados) e impede a liberdade de expressão. O comentário do ex-CEO da websummit é totalmente claro, limpo, acertivo, e não tem qualquer conotação anti-semita. É uma afirmação verdadeira. Temos que deixar de ter 2 pesos e 2 medidas e os crimes de guerra não podem ser desconsiderados de um lado e considerados do outro. Pena que se tenha demitido e pedido desculpa pelo que pensa e no que acredita, e não tenha mantido a sua posição. O poder do dinheiro iria sempre resultar no boicote ao evento.

  6. O Cosgraveu tem todo o direito e liberdade para expressar a sua opinião sobre o conflito.
    E não acha que as empresas que não se reveem nessa posição também têm toda a liberdade de não estar presente?

  7. A web summit deve continuar mesmo sem os gigantes que apenas sustentam o nome assambarcando o brilhantismo dos nossos pequenos grandes inventores fazem por cá. Não vamos ter pena de nós, sete milhões? Os participantes devem fazer valer o investimento, vamos ser grandes outra vez é nas dificuldades como a que temos vindo a passar que temos obrigação de nos reinventarmos. Viva Portugal

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