Números das europeias aplicados às legislativas: PS ganharia mas AD ganharia

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António Pedro Santos / LUSA

Membros da Comissão Nacional de Eleições contam votos de emigrantes, nas eleições legislativas 2024, no Centro de Congressos de Lisboa

Mais votos para os socialistas, mas AD continuaria com mais dois deputados. IL ultrapassaria o Chega na Assembleia da República.

As eleições europeias não funcionam como as eleições legislativas. Há apenas um círculo (nacional). E isso faz diferença.

Nas contas do Diário de Notícias, verifica-se que, apesar de o PS ter vencido no domingo passado, se os votos fossem transportados para as legislativas…ficaria tudo igual.

Ou melhor, não exactamente igual, porque PS e AD ganhariam 9 deputados cada, passando para 87 e 89 deputados, respectivamente. Mas a AD continuaria com vantagem de dois deputados, tal como agora.

Na luta pelo terceiro lugar, há nova inversão: a IL ficou atrás do Chega nas europeias mas, na distribuição dos votos pelos círculos eleitorais, nas legislativas ficaria com 20 deputados, contra os 19 do Chega.

Ou seja, o Chega – que tem 50 deputados – teria uma grande descida no (menos 31 deputados), enquanto a Iniciativa Liberal teria o maior “salto”, de 8 para 20 deputados.

O BE continuaria com 5 deputados, a CDU e o Livre passariam de 4 para 5 deputados – ficou a sensação de que no domingo passado o Livre teve uma queda em relação às legislativas, porque não conseguiu qualquer eurodeputado, mas na verdade teve uma percentagem maior do que nas legislativas e, com esta percentagem, até teria mais um deputado do que tem.

Inês de Sousa Real (PAN) ficaria fora da Assembleia da República.

Outros números

Noutra análise, partilhada pelo ECO, verifica-se que praticamente um terço dos eleitores (32,4%) votou noutro partido em 2024, comparando com os resultados das eleições europeias em 2019.

O Bloco de Esquerda foi o partido que perdeu mais votos, mais de 150 mil. Seguiu-se o PAN, com uma queda de praticamente 120 mil votos; mais abaixo a CDU, que perdeu 65 mil votos.

Mas, olhando para a escala (ou percentagem), o partido que caiu mais foi o Nós, Cidadãos! – teve quase 35 mil votos há cinco anos, agora teve 4 mil. Foi uma queda de quase 90%. Tinha ficado no 9.º lugar, agora foi mesmo o último.

Sem surpresas, Chega e IL foram os partidos que mais subiram em relação a 2019: mais 337 mil votos para o Chega (que era Basta nas europeias anteriores) e mais 329 mil votos para a IL.

Logo a seguir, a AD, com praticamente mais 300 mil votos, se olharmos para os votos que PSD, CDS e PPM tiveram em 2019. O PS subiu 162 mil votos, o Livre quase 90 mil.

Há outro destaque nas subidas: o ADN, que era PDR há cinco anos, mais do que triplicou o número de votos: passou de 16 mil para 54 mil votos. Até ultrapassou o PAN desta vez, foi o único partido a superar um partido que tem representação na Assembleia da República portuguesa. Mesmo assim, ficou fora do Parlamento Europeu.

ZAP //

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5 Comments

  1. Isso era o que a comunicação social queria…desçam à terra o ps perdeu as eleições legislativas, esperem pelas próximas….

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  2. Mas desde o momento em que fecharam as urnas já se sabia: 1.º abstenção abaixo de 50%; PS à frente mas a direita com mais um eleito do que o «esquerdame»… De qq maneira, essa votação não tem rigorosamente nada que ver com as votações nacionais, que obedecem a outras lógicas e métodos… Neste últiumo sentido, a esquerda perdeu e a direita ganhou mais ainda,,, dai que as «peneiras» do Costa estão por confirmar! Aliás, ainda não foi ilibado da acusação que o levou a demitir-se ipso facto!

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