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Von der Leyen dá luz verde ao Plano de Recuperação e Resiliência português. E “não é por acaso”

Tiago Petinga / EPA

Costa, Von der Leyen na Cimeira Social no Porto

António Costa com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, na Cimeira Social no Porto.

O primeiro-ministro, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram esta quarta-feira que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi aprovado por Bruxelas. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, veio esta quarta-feira a Portugal anunciar a aprovação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) português. “A Comissão Europeia decidiu hoje dar luz verde ao Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, no montante de 16,6 mil milhões de euros, o primeiro a ser aprovado pela CE.”

“Não é por acaso”, considerou a líder da Comissão, citada pelo Observador. “O plano foi concebido em Portugal. As reformas e os investimentos previstos neste plano permitirão a Portugal sair da crise da COVID-19 mais forte, mais resiliente e mais bem preparado para o futuro. Irá mudar profundamente a economia portuguesa”, disse.

O Conselho da União Europeia tem agora quatro semanas para aprovar o PRR português e, caso não haja obstáculos, os fundos serão libertados já no próximo mês.

“Assim que o conselho aprovar, vamos desembolsar os primeiros pagamentos em julho“, anunciou Ursula von der Leyen. “Estaremos ao lado de Portugal em todas as etapas do processo. O vosso êxito será o nosso êxito. Um êxito europeu.”

Para António Costa, o verdadeiro desafio começa agora. “O trabalho árduo começa verdadeiramente agora”, afirmou o governante, sublinhando que não está em causa “um cheque em branco”, mas sim “um compromisso, que tem metas, objetivos e calendário”, que “devem ser cumpridos”.

“Isso não é uma dificuldade, mas uma motivação acrescida“, frisou o primeiro-ministro.

“Estamos a recuperar dos efeitos da crise pandémica, mas estamos também a construir um país que é mais resiliente e com os olhos postos nas futuras gerações, por isso a aposta estratégica nas florestas ou no mar e assumindo a ação climática e a transição digital como motores do nosso desenvolvimento”, explicou Costa, adiantando que “começamos hoje verdadeiramente a construir o nosso futuro”.

Para a Comissão Europeia, o Plano de Recuperação e Resiliência apresentado por Portugal é “ambicioso e robusto“, respeita os objetivos das transições climática e digital e apresenta mecanismos de controlo fortes. Se for bem concretizado, poderá contribuir para aumentar o potencial produtivo do país nos próximos anos.

Portugal foi o primeiro Estado-membro a entregar formalmente em Bruxelas, em abril, o PRR e prevê projetos de 16,6 mil milhões de euros, dos quais 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.

Liliana Malainho, ZAP //

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