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Vodafone vai despedir 11 mil pessoas para “recuperar a competitividade”

O grupo britânico de telecomunicações Vodafone anunciou esta terça-feira que vai despedir 11.000 pessoas em três anos, como parte de plano de reestruturação, após um desempenho considerado “não suficientemente bom” pela nova presidente executiva.

Margherita Della Vale, CEO do grupo Vodafone há apenas um mês, diz querer “simplificar a organização para recuperar a competitividade”, num comunicado que anuncia os resultados do exercício 2022/2023 e que dá conta da estagnação das receitas nos 45,7 mil milhões de euros, que se reflete numa subida de apenas 0,3%.

Depois de aumentar os preços em Março, a empresa assume uma nova fase de reestruturação que passa por despedir 11 mil funcionários nos próximos três anos.

Os despedimentos em massa devem afetar as várias empresas do grupo Vodafone, que conta atualmente com 104 mil pessoas. Em Portugal, a empresa tem cerca de 1500 colaboradores.

Alinhando os clientes, simplicidade e crescimento como pontos chave do plano de ação, estão por enquanto desenhados planos de crescimento, revitalização e revisão estratégica na Alemanha — um dos seus maiores mercados que tem evidenciado um declínio — e em Espanha. Nada foi comunicado acerca da Vodafone Portugal.

A Vodafone anunciou no início de dezembro a saída do anterior líder, Nick Read, após quatro anos à frente do grupo britânico de telecomunicações, num contexto de fraco desempenho.

A Vodafone, peso pesado do setor na Europa, está há vários anos em reestruturação, o que levou a empresa, nomeadamente, a reorientar-se para a Europa e África.

Na semana passada, a operadora e a Emirates Telecommunications (e&), que se tornou a maior acionista do grupo de telefónico britânico há um ano, anunciaram um acordo de “parceria estratégica”.

O grupo e&, que aumentou gradualmente a sua participação na operadora britânica ao longo do último ano, atingindo hoje 14,6% do capital, é oficialmente designado “acionista de referência da Vodafone.”

As ações da Vodafone (VOD.UK) caíram mais de 3,5% na sessão de hoje, atingindo níveis não vistos desde o início do ano.

ZAP // Lusa

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