O Vizela foi arrumado da Taça de Portugal pelo Vitória de Guimarães e deixou duras críticas à arbitragem. A equipa esteve até para abandonar o jogo.
Vitória de Guimarães e Vizela defrontaram-se para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, num encontro que terminou com uma vitória dos vimaranenses, por 2-1, após prolongamento.
Os caseiros colocaram-se em vantagem à meia hora de jogo, após um golo na própria baliza de Anderson Jesus. O Vizela conseguiu igualar aos 81 minutos, por intermédio de Kévin Zohi. Os 90 minutos terminaram com uma igualdade no marcador, que empurrou o jogo para o prolongamento.
Ao centésimo minuto, num lance duvidoso dentro da grande área, o árbitro apontou para a marca dos 11 metros. Sem VAR para o auxiliar, Cláudio Pereira entendeu que Jota Silva foi parado em falta pelo defesa do Vizela. As imagens não parecem mostrar qualquer tipo de contacto, com o jogador a cair após rematar contra o relvado.
Na conversão da grande penalidade, o brasileiro Alisson Safira não vacilou e deu o golo da vitória aos minhotos.
Até ao final do jogo, Anderson Jesus e Tomás Silva viram cartão vermelho, deixando o Vizela reduzido a nove unidades. O treinador dos forasteiros, Álvaro Pacheco, também viu o cartão vermelho, por protestos, já para lá do apito final.
Na flash interview após o final da partida, o treinador adjunto do Vizela, Pedro Valdemar, deixou duras críticas à equipa de arbitragem.
“A nossa equipa técnica ainda não tem capacidade de colocar a equipa a jogar contra 14. Nós ainda não temos essa capacidade. O que se passou aqui hoje foi vergonhoso! Vergonhoso! Tirarem-nos o sonho de chegar ao Jamor com este tipo de arbitragem… Vai-me desculpar mas isto aqui não se admite”, começou por dizer o adjunto dos vizelenses.
“O que se passou hoje com a dualidade de critérios, a forma como se expulsa o Anderson que jogou de forma leal, o segundo lance do Tomás que num contra-ataque o jogador do V. Guimarães já devia ter levado um amarelo na primeira parte. Esse tipo de situações, depois, no final, ainda a forma como se expulsa o nosso treinador! A única coisa que ele perguntou ao árbitro foi a dualidade de critérios. Como é possível haver uma dualidade de critérios tão grande neste jogo? E não tem sido só neste jogo, tem sido nos últimos três. O que se passou aqui hoje é vergonhoso”, acrescentou.
“Esta sequência de jogo com este tipo de arbitragem, se não querem o Vizela na Liga Bwin e na Taça de Portugal era preferível avisar-nos que não vínhamos aqui hoje”, atirou ainda, antes de revelar que Álvaro Pacheco pensou até ordenar os seus jogadores que abandonassem o relvado.
Segundo Pedro Valdemar, o treinador do Vizela terá perguntado ao diretor desportivo do clube quais eram as consequências de abandonar o campo.
Já na conferência de imprensa após o jogo, Álvaro Pacheco desvalorizou as palavras do seu braço direito, classificando-as como “um desabafo”.
“Perguntei ao árbitro foi o porquê da dualidade de critérios. Que tenham o bom senso de me permitir estar no próximo jogo, que é muito importante para nós. Já perdemos dois jogadores para esse jogo”, apelou o técnico do Vizela.
Isto sem VAR é o costume, bar aberto à trafulhice.