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Vitória SC 2-2 Sporting | Emoção, erros e golos no Castelo

Vitória de Guimarães e Sporting empataram 2-2 no “Castelo”, num bom jogo de futebol, com golos, emoção, bons lances colectivos, erros individuais e recuperações.

Andraz Sporar, com dois golos, foi a figura da partida, o primeiro tento após erro de Douglas. Luís Maximiano também não ficou bem na “fotografia” no empate 1-1 de João Carlos Teixeira e, na segunda parte, Marcus Edwards resgatou um ponto para a sua equipa.

Em termos estatísticos, porém, o Sporting foi superior, não conseguindo segurar as duas situações de vantagem de que dispôs na partida.

O jogo explicado em números

  • Rúben Amorim surpreendeu ao lançar dois jovens. O central Eduardo Quaresma, de 18 anos, e o médio brasileiro Matheus Nunes, de 21, foram apostas de início em Guimarães. Mas foi o Vitória a começar mais afoito no ataque, com os três únicos remates até ao primeiro quarto-de-hora (ambos desenquadrados), mas menos bola que o Sporting (53%). Só que o golo surgiu do outro lado.
  • Aos 18 minutos, e após uma bola longa do Sporting, o guarda-redes vitoriano Douglas saiu-se da baliza, tentou dominar a bola fora da área com o peito, mas perdeu-a e deixou-a à mercê de Andraz Sporar, que atirou para a baliza deserta. Um remate da formação lisboeta, um golo.
  • Os homens da casa sentiram claramente o golo, sendo incapaz de carrilar com eficácia o seu jogo pelos flancos. Dessa forma, os “leões” anulavam facilmente os lances ofensivos contrários e chegaram à meia-hora com 58% de posse de bola e mais um remate (3-2), dando a ideia de total controlo das operações e tacticamente muito seguro. Mas era apenas aparente.
  • Aos 33 minutos, mais um erro de um guarda-redes Luís Maximiano colocou a bola nos pés de Joseph Amoah e este serviu João Carlos Teixeira, que só teve de encostar no coração da área. Ao terceiro disparo minhoto, primeiro enquadrado, chegava o empate. O jogo prometia e ainda havia muito para se disputar.
  • Primeira metade muito interessante no “Castelo”, com o Vitória a tentar imprimir intensidade, mas a esbarrar na estratégia bem montada dos “leões”.
  • O Sporting colocou-se na frente, após um erro do guardião Douglas, e parecia controlar as operações, mas outro erro, desta vez de Maximiano, acabou por equilibrar no marcador, tornando vazio o domínio territorial e ofensivo dos visitantes.
  • O melhor em campo nesta fase era Joseph Amoah, com um GoalPoint Rating de 6.3, ele que foi o autor da assistência para o golo de João Carlos Teixeira e sofreu seis faltas em 45 minutos.

Hugo Delgado / Lusa

  • O Sporting reentrou com a mesma qualidade, a dominar e com muita eficácia no passe. E foi numa entrega espectacular de Jovane Cabral, a isolar Sporar aos 51 minutos, que o Sporting chegou de novo à vantagem, com o avançado a contornar Douglas e a atirar para o fundo da baliza. Muita competência e pragmatismo no futebol leonino nesta fase.
  • O Vitória chegou à hora de jogo mais uma vez com mais remates (3) que o Sporting (1) no segundo tempo, mas os visitantes mostravam outra qualidade que impedia os anfitriões de ter muita bola. O “leão” tinha 96% de eficácia de passe desde o descanso e não se deixava surpreender com perdas de posse.
  • Porém, num lance em que não foi lesto a afastar um lance de insistência vimaranense, o Sporting permitiu de novo o empate. Jogada confusa aos 68 minutos, a bola pingou na área e Marcus Edwards foi bem mais rápido que toda a gente, atirando para o fundo da baliza. O Vitória chegava ao golo ao sexto remate que conseguia no segundo tempo, segundo enquadrado.
  • A equipa de Rúben Amorim deixava de importunar o Vitória como tinha conseguido até aqui, em rápidas transições. Aos 70 minutos tinha apenas quatro acções com bola na área contrária desde o intervalo e, tirando a qualidade no passe, parecia perder o controlo das operações.
  • Até que aos 77 minutos uma contrariedade para Ivo Vieira. Joseph Amoah, o melhor em campo na primeira parte, viu o segundo amarelo e foi expulso, deixando o Vitória com dez jogadores. E o Sporting não se fez rogado, partindo para cima do seu adversário.
  • Aos 84 minutos, Douglas redimiu-se do erro na primeira parte e negou autenticamente o golo a Jovane, numa altura em que o “leão” aumentava para 58% a posse de bola e chegava aos sete remates no segundo tempo, terceiro enquadrado, mantendo a excelente qualidade no passe (91%). Mas o resultado não voltaria a sofrer alterações.

O melhor em campo GoalPoint

O atacante esloveno está finalmente a explodir. Num jogo difícil, Andraz Sporar aproveitou da melhor forma os erros adversários e as oportunidades de que dispôs e fez dois golos, terminando a partida como MVP, graças a um GoalPoint Rating de 7.5.

O ponta-de-lança bisou nos dois únicos remates que realizou, tendo ainda mostrado qualidade no drible, com dois completos em três tentativas. Uma exibição muito positiva.

Jogadores em foco

  • Marcus Edwards 7.4 – O extremo inglês sentiu algumas dificuldades na primeira metade da partida, mas foi crescendo de produção, terminando como o melhor dos vimaranenses. Edwards fez o golo do empate 2-2, pleno de oportunidade, sendo o jogador com mais dribles eficazes (cinco em sete), e ainda somou dois passes para finalização.
  • Sebastián Coates 7.3 – Um líder na defesa e um dos primeiros a construir jogo no Sporting. O uruguaio criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, acertou oito de 12 passes longos e 13 progressivos, e ainda ganhou os quatro duelos aéreos em que participou.
  • Jovane Cabral 6.9 – Nem sempre decidiu bem, precipitando-se em algumas acções, mas quando o fez, foi decisivo. Foi dele o extraordinário passe para o 2-1 de Sporar, terminando ainda com dois remates enquadrados em três, quatro passes para finalização e quatro dribles eficazes em sete.
  • Eduardo Quaresma 6.8 – Muito boa estreia do jovem central, não acusando em nada a responsabilidade. Para além de uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, acertou nove de 13 passes longos, 17 passes progressivos, somou 101 acções com bola, o máximo da partida, ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e fez quatro intercepções.
  • Matheus Nunes 4.9 – A outra estreia entre os jovens leoninos. Não fez, como Quaresma, um jogo muito conseguido, não correndo grandes riscos. Os 93% de eficácia de passe (14 certos em 15) foi o ponto mais positivo da sua prestação.
  • João Carlos Teixeira 6.0 – O médio não fez um jogo de encher o olho, mas voltou a marcar – quando o fez registava um tento a cada 150 minutos, melhor valor entre médios-centro.

Resumo

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