Governo quer Vítor Gaspar no lugar de Centeno no Banco de Portugal

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Rodrigo Gatinho / portugal.gov.pt

Vítor Gaspar, ex-ministro do Estado e das Finanças, é diretor do departamento dos Assuntos Orçamentais do FMI

Mandatos dos dois a terminar e tensão crescente entre Centeno e Governo traz ex-ministro das Finanças à mesa: é o favorito, mas há outros nomes. A escolha final será feita pelo Governo.

O ex-ministro das Finanças e atual diretor do Departamento de Finanças Públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI), Vítor Gaspar, é apontado como o favorito do Governo para suceder ao socialista Mário Centeno como governador do Banco de Portugal (BdP).

A notícia avançada pelo Correio da Manhã este sábado lembra que os mandatos dos dois terminam no próximo verão, mas a possível nomeação de Vítor Gaspar depende da sua disponibilidade para assumir o cargo.

Gaspar é considerado uma escolha sólida devido à sua vasta experiência, tanto a nível nacional, como internacional, no campo das finanças públicas, mas a sua ligação ao período de austeridade, durante a intervenção da ‘troika’ entre 2011 e 2014, é vista como uma possível barreira em negociações políticas, sobretudo com o PS.

No entanto, o Governo parece determinado em não reconduzir Centeno e quererá aproveitar esta oportunidade para nomear alguém próximo à sua linha política, como Gaspar.

Apesar de Vítor Gaspar ser o favorito, o CM avança outros potenciais sucessores. Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia, e Ricardo Reis, professor universitário, também serão opções para suceder a Centeno.

A escolha final será feita pelo Governo, com proposta do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, após parecer da Assembleia da República.

Governo acha que se passa “algo estranho” em volta de Centeno

Centeno, por sua vez, já demonstrou interesse em continuar à frente do BdP: pretende cumprir o atual mandato e avançar para um segundo, disse, garantindo que não vai ser candidato a Presidente da República.

Mas a tensão tem crescido entre o socialista e o Governo, nomeadamente devido a divergências sobre remunerações no BdP. A recente polémica em torno do elevado salário de Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal (BdP), levou o ministro das Finanças a convocar uma reunião da Comissão de Vencimentos, algo que não acontecia há 13 anos.

Miranda Sarmento comentou que se uma comissão não reúne por 13 anos é porque “algo de estranho se passa”.

Esta reunião surge no seguimento de uma polémica pública sobre o vencimento que Hélder Rosalino teria enquanto secretário-geral do Governo, que seria na ordem dos 15.000 euros, sendo que o ex-administrador do Banco de Portugal acabou por desistir do cargo.

O cargo será ocupado por Carlos Costa Neves, antigo ministro dos governos de Santana Lopes e Pedro Passos Coelho, que vai receber um salário de acordo com a tabela legal.

ZAP //

3 Comments

  1. Quem olhos tiver e da inteligência fizer uso…
    É só “VER” as diferenças, evidentes a olho nu.
    Até parece que o gasparzinho é o conhecido Ronaldo das finanças .
    Vai ser à moda do impoluto Gandara, o militar que nem aqueceu o lugar. Até rima e é verdade. Eheheh!!!!

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  2. Bom, qualquer dia regressa o governo da troika sendo que o PR será Pedro Passos Coelho.
    É preciso ter topete.

    • Governo da TROIKA?? O Governo da TROIKA foi o 2º Governo de José Sócrates. Esse é que nos trouxe a TROIKA. PPC venceu, por 2 VEZES, as eleições. É preciso ter topete, na falta de memória e na falta de seriedade na análise. E, como cereja no topo do bolo, nestes 3 últimos (des)governos do PS, figuraram ex-ministros de Sócrates. O que A.Costa quis foi varrer as memórias para debaixo do tapete, por as imagens e estátuas atrás da cortina, sem luzes, para a banda passar. Por essa razão destronou o vencedor das eleições legislativas de 2015, com o arranjinho com PCP e BE. Mas, na arte de empurrar já estava treinado: atirou o anterior líder do PS, António José Seguro, para debaixo do comboio. E ainda o denominam de grande político. Nada mais é que um habilidoso, sem escrúpulos. Se fosse bom político a nossa economia estaria pujante, e não anémica e com crescimento sofrível. É certo que ainda hoje o “rating” subiu para “A”. Mas, há custa de quê? O número de funcionários públicos está bem maior que antes da TROIKA, e os serviços prestados nunca estiveram tão péssimos.

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