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Virologista alemão defende que a verdadeira pandemia só agora começou

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Clemens Bilan / EPA

O virologista alemão Christian Drosten

O virologista alemão Christian Drosten, cientista de referência e assessor do Governo alemão para os temas da covid-19, advertiu esta quinta-feira que a “verdadeira pandemia” do novo coronavírus só agora está a começar.

“A verdadeira pandemia chega agora. Também aqui [na Alemanha]. Quanto muito, poderemos falar das lições da primeira vaga na Europa”, em que as diferenças foram enormes, sublinhou Drosten numa entrevista para a Cimeira Mundial da Saúde (CMS), que decorrerá em Berlim de 25 a 27 deste mês num formato semi-presencial.

O especialista alemão recomendou que, face à forma como a primeira vaga foi combatida, se deve alterar a abordagem de luta contra a pandemia, para que se possa enfrentar a situação nos próximos meses. “É bastante importante informar bem e amplamente a população”, frisou Drosten, que avisou para os perigos de os políticos utilizarem a pandemia nas suas mensagens políticas.

“Os custos podem ser graves se os políticos utilizarem a pandemia nas suas mensagens políticas. Isso é muito complicado e o vírus passa imediatamente a fatura. Podemos ver o que está a acontecer nos Estados Unidos”, o país com maior número de casos de covid-19 (quase 6,9 milhões) e de óbitos (200.818), observou.

Nos próximos meses, recomendou, e para controlar a situação, é necessário “alterar as coisas” e também é importante tomar “decisões pragmáticas”.

O especialista germânico relativizou os discursos sobre o “êxito alemão” no combate à pandemia, sustentando que tal apenas se deve ao facto de a Alemanha ter reagido quatro semanas mais cedo do que outros países.

“Reagimos exatamente com os mesmos meios. Não há nada em particular que tenhamos feito bem. Simplesmente fizemo-lo antes. Por isso temos tido êxito”, afirmou, negando que as autoridades sanitárias alemãs tenham funcionado melhor do que as francesas ou que os hospitais germânicos estejam mais bem equipados do que os italianos.

“Se aplicarmos isto ao que vem aí no outono, então teremos de deixar claro que continuamos sem fazer nada melhor que os outros”, advertiu.

O exemplo da Argentina

Drosten deu como exemplo o caso da Argentina, onde a pandemia surgiu no inverno e, por essa razão, está a ser “muito difícil” controlar a propagação da covid-19 apesar das medidas restritivas. “Na Alemanha deveríamos olhar de forma muito mais diferenciada e precisa para o que se passa no estrangeiro. Temos de deixar de discutir assuntos como estádios de futebol, algo completamente falacioso”, afirmou

Por outro lado, Drosten lembrou que a ciência goza atualmente de uma “grande credibilidade”, mas advertiu que tal pode mudar “a qualquer momento”. “Só no final se saberá como a ciência o fez, porque esta pandemia, em primeiro lugar, não é um fenómeno científico, mas sim uma catástrofe natural”, observou.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência AFP.

// Lusa

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9 Comments

    • A ignorância é ofensiva. incomoda-me muito mais que o Covid-19. Sugiro uma consulta/resumo na Wikipédia para ver quem é este especialista da treta. Segundo o Google, uma pesquisa sobre o Prof. Dr. Drosten produz mais de 3 000 000 de resultados. Nada mau para um desconhecido cientista à procura de notoriedade…
      O que o Prof. diz é que não se pode abrandar na vigilância e que é fundamental que as pessoas tenham o máximo de informação séria, não política, esclarecedora e educativa. De resto, a referência à Argentina não é inocente, o hemisfério norte não conhece o Covid-19 no inverno, não sabemos como será então. A verdade é que nada sabemos sobre o vírus, é essa a assustadora realidade, a comunidade cientifica apalpa, às cegas, à procura de uma milagre sob forma de vacina. Ou de uma panaceia de efeito rápido.

  1. Que perfeito disparate. Estamos em plena pandemia desde março, pelo menos desde quando a OMS admitiu após permissão da China. O que se está a passar já é a definição de pandemia. É nisto que dá as aspirações ao mediatismo.

  2. Mais um ilustre que alinha ao lado do grande negócio internacional que é este Covid. Uma gripe com aspirações comerciais a pandemia.
    O pânico e o medo são a alma do negócio.
    Na verdade as pessoas morrem de tudo menos de Covid porque deixaram de ser assistidas a todas as outras doenças.
    Depois dizem que morrem de Covid.
    O negócio está bem montado. Parabéns aos seus mentores !

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