Videovigilância na Baixa do Porto avança “rapidamente”

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O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O presidente da Câmara do Porto revelou esta quinta-feira que a videovigilância na zona da Baixa vai ser implementada “muito rapidamente” e admitiu que adotar o mesmo sistema nos bairros depende de meios financeiros e humanos.

“Nesta primeira fase vamos colocar [câmaras] na zona da movida. É particularmente importante. A seguir, avançaremos para outros territórios. A videovigilância implica recursos financeiros, mas também recursos da própria polícia. Não podemos avançar para mais sem ter efetivo para fazer avaliação das imagens”, reconheceu, em declarações aos jornalistas à margem da II Semana da Reabilitação.

Um despacho do Ministério da Administração Interna (MAI) publicado quarta-feira no Diário da República (DR) autorizou a instalação e a utilização, por três meses prorrogáveis, da videovigilância na Baixa do Porto, zona que preocupa a Câmara em eventuais “situações de pânico ou de um desastre qualquer” devido ao facto de acumular muitas pessoas.

“A videovigilância não é propriamente para detetar o carteirista”, justificou o autarca.

“Era uma promessa nossa, era uma expetativa grande. Demorou o tempo que demorou. Estou muito satisfeito por o MAI ter dado razão à nossa pretensão, que correspondia à expetativa das autoridades policiais”, acrescentou

O diploma aprovado pelo Governo prevê colocar quatro câmaras em outros tantos pontos estratégicos da movida noturna da cidade: praças Guilherme Gomes Fernandes e Parada Leitão e ruas Cândido dos Reis e Galerias de Paris.

Bolhão

Rui Moreira falou também sobre a reabilitação do Mercado do Bolhão, recusando confirmar a hipótese que tem sido avançada de o mercado temporário para os comerciantes ficar instalado no quarteirão da Casa Forte.

“Estamos a trabalhar muito nesta questão e o mercado temporário é fundamental. Está ser tratada neste momento e está a ser negociada”, frisou.

O autarca admitiu, contudo, que a rua Alexandre Braga é uma possibilidade excluída.

“Admitiu-se, numa primeira fase, que se poderiam colocar os comerciantes nessa rua, mas isso teria vários contratempos, porque é rua importante em termos de mobilidade e porque obrigaria a que todo o estaleiro fosse montado dentro do Bolhão”, afirmou.

“Neste momento não parece ser uma solução possível”, observou.

Moreira insistiu que durante as obras de recuperação do Bolhão, “que terão um cronograma naturalmente longo”, os comerciantes do mercado terão um espaço temporário para não interromperem a sua atividade.

O espaço, indicou, “tem de ter condições e tem de ser uma coisa decente, que perspetive o futuro”.

/Lusa

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