Desde tradições religiosas a campanhas publicitárias, há vários fatores que explicam a associação do verde e vermelho ao Natal.
A época natalícia é sinónimo de cores vibrantes, especialmente vermelho e verde. Mas já se perguntou por que motivo estas cores dominam as decorações natalícias, desde os enfeites às postais?
Especialistas sugerem que as origens das cores de Natal têm raízes numa mistura de simbolismo cristão, elementos naturais e até influências do marketing.
O vermelho tem sido associado ao Natal há muito tempo, com muitos cristãos a acreditar que simboliza o sangue da crucificação de Cristo. Segundo a estratega de cores Lori Sawaya, o vermelho também representa emoções fortes como energia e confiança, que estão alinhadas com o espírito da época festiva.
A representação moderna do Pai Natal, vestido com um fato vermelho vibrante, deve muito à campanha publicitária icónica da Coca-Cola de 1931. O ilustrador Haddon Sundblom criou um Pai Natal alegre e rechonchudo para a marca, substituindo representações anteriores que o mostravam como um homem magro ou um pequeno duende. O seu fato, que anteriormente era tipicamente verde ou bege, também se tornou vermelho.
O verde complementa o vermelho como a outra cor essencial do Natal. Bob Richter, autor de A Very Vintage Christmas, liga esta cor à natureza. “O melhor exemplo disso é o azevinho e a hera, que permanecem brilhantes e abundantes durante o inverno, quando outros arbustos e árvores perdem suas folhas. Alguns dizem que o azevinho é o menino Jesus e a hera é sua mãe Maria”, explica ao Today.
Historicamente, celtas e pagãos usavam vegetação como o azevinho para afastar espíritos malignos e honrar as mudanças sazonais. Os primeiros cristãos adotaram estas tradições, decorando com coroas e árvores de folha perene como símbolos de renovação e vida eterna através de Cristo.
O azevinho também possui um simbolismo próprio. É frequentemente visto como um representante de boa sorte, proteção e prosperidade para o novo ano.
Embora a religião e a tradição tenham estabelecido a base, o comercialismo moderno solidificou o vermelho e o verde como a paleta oficial de Natal. O Pai Natal da Coca-Cola e o uso generalizado destas cores em anúncios, papéis de embrulho e luzes enraizaram-nos profundamente na cultura festiva.
Sawaya destaca que estas cores naturalmente se realçam uma à outra.“Parte da magia do vermelho e do verde é que cada um amplifica o outro porque eles ficam em lados opostos da roda de cores, tornando-os cores complementares”, refere.
Desde os rituais celtas antigos à criatividade do marketing do século XX, as cores de Natal refletem uma mistura de história, fé e alegria festiva. Assim, ao decorar este ano, pode apreciar os múltiplos significados por trás destas tonalidades vibrantes.
