André Ventura quer PGR a repudiar “o quanto antes” pedido de Ana Gomes

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José Sena Goulão / Lusa

O líder do Chega manifestou, esta quinta-feira, esperança que a Procuradora-Geral da República repudie “o quanto antes” o pedido da ex-candidata presidencial sobre a legalização do partido.

“Não deixa de me surpreender que alguma candidata dita democrática e militante de um partido democrático [PS] tenha como objetivo ilegalizar um partido. Só mostra que a doutora Ana Gomes saiu do MRPP mas o MRPP nunca saiu da doutora Ana Gomes“, considerou André Ventura, falando aos jornalistas em Ponta Delgada, à margem de uma reunião com dirigentes açorianos do Chega.

E concretizou: “O que nós esperamos é que a senhora Procuradora-Geral da República possa o quanto antes repudiar esta ação da doutora Ana Gomes”.

A ex-candidata presidencial pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que reaprecie a legalização do Chega como força política, alegando que este partido viola a Constituição da República, e investigue a origem do seu financiamento, avançou a edição desta quinta-feira do Diário de Notícias.

O jornal adiantou ainda que a antiga eurodeputada socialista enviou a sua participação “à presidente da Comissão Europeia, ao presidente do Parlamento Europeu, ao diretor da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao secretário-geral do Conselho da Europa, ao secretário-geral da ONU e aos diretores da Europol e do Eurojust”.

“Isto é uma ofensa a milhares de militantes do Chega”, disse ainda Ventura, reiterando que diversas sondagens dão a força política como a terceira maior de Portugal.

Ana Gomes, que nas Presidenciais ficou em segundo lugar e à frente do líder do Chega, com mais um ponto percentual, fundamenta a sua pretensão junto da PGR elencando “mais de 40 pontos com citações e publicações de vários media”.

“O Tribunal Constitucional e o Ministério Público não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida”, frisou a diplomata, solicitando à PGR que “instrua o MP a desencadear um processo de reapreciação da legalidade do Partido Chega pelo TC e de consideração da eventual extinção judicial desse partido“.

Ana Gomes pede que se investigue a origem do financiamento do partido Chega e dos seus líderes, “as agressões, ameaças e incitamentos à violência que o referido partido, por parte de seus dirigentes e diversos militantes, vem desencadeando contra jornalistas e ativistas políticos”.

A ex-candidata presidencial salienta depois que “cabe ao MP requerer a extinção de partidos políticos qualificados como partido armado ou de tipo militar, militarizado ou paramilitar, ou como organização racista ou que perfilha a ideologia fascista“.

Recorde-se que André Ventura viajou até aos Açores para, com os dois deputados do partido no arquipélago, tomar uma decisão sobre o acordo que o PSD e o CDS-PP assinaram para as eleições Autárquicas, no qual o Chega ficou de fora.

O líder do partido de extrema-direita acusou os dois partidos de “bullying político” e, neste momento, nada está excluído: nem mesmo o rompimento do Governo de direita dos Açores.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Porque ela também não menciona o PCP e BE, para o PR tirarem esses partidos que não pertencem ao nosso Portugal, nem têm nada haver com o nosso povo/mentalidade, Aliás prefiro extrema direita do que comunismo ou facistas BE.

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