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Ventura evocou legado de Sócrates, em Castelo Branco, “o símbolo do que não deve ser a política”

Pedro Reis Martins / Lusa

O candidato às eleições presidenciais de 2021 pelo Chega, André Ventura (C), durante uma ação de campanha em Castelo Branco.

André Ventura esteve em Castelo Branco, que diz que “pode bem ser o símbolo do que não deve ser a política em Portugal”, evocando o legado de José Sócrates na região.

Em contrarrelógio, André Ventura fez um curto comício em Castelo Branco, esta quinta-feira, onde reinou um discurso sobre corrupção e justiça. O candidato presidencial evocou o legado de José Sócrates na Beira Baixa e o caso do ex-autarca Luís Correia, que perdeu o mandato no ano passado.

“Em Castelo Branco, o nosso tema tinha que ser precisamente a justiça, não só por José Sócrates, por autarcas que foram condenados e perderam o mandato, mas porque Castelo Branco pode bem ser o símbolo do que não deve ser a política em Portugal. Uma cumplicidade entre família e poder, entre dinheiro, câmaras e juntas de freguesia”, disse Ventura, citado pela Rádio Renascença.

“Estamos em Castelo Branco, onde um autarca socialista perdeu o mandato por fazer negócios com a própria família. E é contra mim que se manifestam, nesta terra, não é contra a corrupção, nem contra os que fizeram negócios com a família e destruíram aqueles que pagam impostos”, disse ainda Ventura.

O autarca socialista assinou dois contratos com uma empresa detida pelo seu pai. A 21 de julho, o Tribunal Constitucional confirmou a perda de mandato.

O líder do Chega foi recebido entre vaias por manifestantes, que o chamaram de “fascista”. Numa faixa afixada na praça lia-se: “CB [Castelo Branco] Antifascista”. Embora tenha recusado conversar com os manifestantes, André Ventura dirigiu-lhes algumas palavras durante o seu discurso.

“Onde é que estavam estes manifestantes quando José Sócrates destruía o país e se ria aqui em Castelo Branco e recebia a chave da cidade na Covilhã?”, perguntou.

“Não é bonito que, em cada distrito que vamos, andem estes subsídio-dependentes atrás de nós, não é bonito? Porque de facto, quem não tem nada para fazer se não andar com bandeiras coloridas às costas, em vez de trabalhar por Portugal e pelos portugueses, merece de nós uma palavra: vergonha”, acrescentou.

Daniel Costa, ZAP //

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