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André Ventura admite “acordo escrito” com o PSD nos Açores

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Filipe Farinha / Lusa

O líder do Chega garante que o partido não vai viabilizar um Governo socialista nos Açores, mas está disposto a firmar um “acordo escrito” com o PSD.

Em entrevista à rádio TSF e ao Diário de Notícias, André Ventura declara que a decisão será tomada em articulação entre o Chega Açores e a direção nacional, acrescentando que não pode ser “uma decisão solitária”.

“No Chega, qualquer acordo de viabilização, de coligação, tem de ser aprovado pelo conselho nacional do partido; não pode ser apenas uma decisão solitária do presidente ou dos representantes nessa Assembleia”, afirma o líder do partido.

Ventura diz que os dois deputados regionais eleitos pelo Chega “votarão contra o Governo do PS, portanto, não permitirão que o PS forme Governo”, mas mantém em aberto a possibilidade de viabilizar um Governo à direita, com o PSD.

Questionado sobre se haverá um acordo escrito para viabilizar esta coligação, o também  deputado da Assembleia da República admite que até prefere esta opção.

“Agora, não me peçam para viabilizar um Governo socialista. Isso é pedir-me o impossível. Se o CDS quiser, ou estiver muito desejoso de fazer esse papel, faça-o. Depois, a nível nacional vamos ver as consequências disso”, atira.

O presidente do Chega confirma que uma das exigências que faz ao PSD, a propósito dos Açores, é que vá a jogo na revisão constitucional, que os sociais-democratas já disseram que iam chumbar.

No entanto, Ventura considera que “há uma mudança de atitude”, logo, as coisas podem mudar. “O PSD há uns meses dizia que nem pensar, não ia a jogo, não iria dar força a um projeto do Chega; agora admite que isso seja possível”.

“Nós não queremos que o PSD apoie as nossas propostas de revisão constitucional. Quero é que venham a jogo como num Estado democrático (…). Não estamos a pedir ao PSD nada de especial, estamos a pedir que venham com propostas“, acrescenta.

Nas eleições regionais nos Açores, o PS voltou a vencer, mas perdeu a maioria absoluta. O resultado pode originar uma espécie de geringonça entre PSD, CDS, Chega, PPM e Iniciativa Liberal.

ZAP //

5 Comments

  1. Hoje a politica toda ela está composta só por cata ventos, hoje dizem uma coisa amanhã outra e o que disseram antes deixou de ter qualquer validade.

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