Dos cerca de 1.200 ventiladores comprados pelo Estado português para precaver o SNS para a pandemia, apenas 797 deles foram distribuídos pelos hospitais.
O Governo comprou 1.200 ventiladores para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante esta pandemia de covid-19. No entanto, há centenas de ventiladores que ainda não chegaram aos hospitais, escreve a TSF.
O último relatório do primeiro estado de emergência desta segunda vaga indica que desde o início da pandemia apenas foram distribuídos 797 destes aparelhos pelos hospitais. O relatório indica que já se efetuaram 15 voos entre Pequim e Lisboa para transportar um total de 1.181 ventiladores para Portugal.
Por sua vez, uma auditoria do Tribunal de Contas aos contratos sem fiscalização prévia, datada de julho, revelava a compra de um total de 1.211 ventiladores.
Questionado pela rádio, o Ministério da Saúde realçou que “nem todos” os contratos relacionados com ventiladores presentes no relatório do Tribunal de Contas “foram executados devido a constrangimentos resultantes da forte procura por este equipamento, o que provocou escassez nos mercados”. Este problema levou, assim, ao cancelamento de alguns contratos.
No mês passado, a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que 253 ventiladores estavam sem funcionar devido à falta de uma peça, “uma espécie de tomada/adaptador” para ligar à rede de oxigénio, que é adquirida em separado.
“À semelhança do restante equipamento para unidades de cuidados intensivos, também se têm registado dificuldades na aquisição” destas peças “devido à elevada procura global”, explica o gabinete de Temido. O Estado ainda não comprou todas as peças e os ventiladores em causa vão sendo distribuídos à medida que as peças são compradas.
Coronavírus / Covid-19
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