/

Vem aí um novo ecoponto (e vai ser castanho)

21

A partir de janeiro de 2024, todos os Estados-membros da União Europeia vão ser obrigados a ter um quarto contentor para a recolha seletiva do lixo.

Desta vez, será castanho e passará a estar nas ilhas urbanas de ecopontos ou entregue aos munícipes para a recolha porta a porta. Neste contentor, deverão entrar todos os resíduos biodegradáveis como restos de alimentos ou de plantas de jardim.

De fora ficam os resíduos já encaminhados para ouras fileiras de reciclagem. Para o contentor indiferenciado, de acordo com o semanário Expresso, devem começar a ir apenas os resíduos sanitários ou os dejetos dos animais de companhia.

Recolher resíduos orgânicos é a única forma de Portugal atingir as metas de reciclagem. “A taxa de reciclagem nacional estagnou em 21% e tem de chegar a 55% dentro de cinco anos”, lembrou Paulo Lucas, da Associação Zero, ao mesmo jornal. Para os ambientalistas só é possível atingir as metas, reduzindo o que vai para o indiferenciado. Os ambientalistas defendem a recolha porta a porta, responsabilidade que atribuem aos municípios.

Em Lisboa, por exemplo, já se faz a recolha e transporte de biorresíduos oriundos de cantinas e restaurantes do município para valorização orgânica no sistema gerido pela Valorsul. Em troca recebe do sistema de que é acionista uma “contraprestação financeira pelo serviço”. Segundo a Câmara Municipal de Lisboa, em 2018, o município recolheu seletivamente 28 mil toneladas de biorresíduos – cerca de um terço do recolhido em todo o país (96 mil toneladas).

O município também tem o programa “Lisboa a Compostar”, que permitiu com a distribuição de mais de 1.500 compostores colocar os residentes na cidade a fazer compostagem nas suas varandas, logradouros ou jardins.

Em pequenos municípios, como Tabuaço – que se “tornou o primeiro a aplicar a compostagem doméstica e comunitária a todo o território”, segundo Pedro Carteiro, consultor deste município – também se está a apostar na melhor gestão de resíduos.

As juntas de freguesia colocaram na via pública compostores comunitários de 900 e 330 litros para as pessoas porem cascas de vegetais, legumes, hortaliças, fruta, guardanapos e papel de cozinha usado, borras de café, aparas de relva, que pela ação de microrganismos se transformam num composto útil para a agricultura. Pedro Carteiro sublinhou que o projeto permitiu “aumentar 72% a recolha seletiva entre 2017 e 2018”, revelando ser “uma autêntica ferramenta de gestão de resíduos urbanos”.

21 Comments

  1. Acho muito bem.
    Acho ainda que num futuro próximo deveriam criar um ecoponto negro, para depositarmos os políticos que já roubaram o quanto baste. Já que não vão para as prisões, ao menos que nos deixem pô-los num ecoponto para serem reciclados.

  2. Por cá existe o balde castanho para a orgânica…a Zero saberá da total irresponsabilidade com que muitas entidades efectuam a recolha selectiva? Recolha porta a porta… sabe a Zero o que isso significa em termos ambientais? Um exemplo: uma viatura pesada, 26T com 20anos, que efectua um percurso de +-50 km, com um consumo de 60l de gasóleo e que, muitas vezes, não chega aos 500 kg de carga… sim é verdade! Mas é preciso é prémios ESAR para ser tudo bonito…

    • Acho que é uma questão de tempo. Os veículos das Câmaras e não só, vão ser brevemente movidos a electricidade. O único problema é sabermos como vai reciclar as baterias dos mesmos.

  3. Isto já começa a ser muito cansativo.
    Agora vão querer que eu tenha em casa mais um caixote do lixo, que eu perca mais tempo a separar mais lixo, que eu gaste mais sacos do lixo, que eu gaste mais água a lavar mais um caixote do lixo… e será mais um contentor na via pública a criar maus cheiros.
    Já começo a pensar em desistir da reciclagem, o que vai contra aquilo em que acredito porque sou totalmente a favor de todas as medidas que visem preservar o ambiente, mas tudo isto já começa a ser demasiado cansativo! A boa vontade também se esgota.

    • Boa vontade?!
      Está boa…
      Sem trabalho, nada se faz!
      Mas, não faças lixo e assim já não tens trabalho!!
      Se fazes lixo, tens a responsabilidade de causar o mínimo impacto possível, porque o mundo não é um caixote do lixo!

      • Caro senhor ou senhora Eu!, se faço lixo é porque consumo, e se consumo a economia agradece.
        Se faço reciclagem é porque tenho consciência.
        Você é uma pessoa extremamente enfadonha. Não lê os artigos, não tem opinião sobre os assuntos e apenas se limita a comentar os comentários dos outros, sempre à procura de protagonismo, ou seja, um desocupado.
        Faça alguma coisa útil da sua vida . Olhe, vá separar a reciclagem!

        • Li o artigo, li os comentários, dei a minha opinião e comentei outras.
          Respondo a comentários quando acho pertinente.
          Isto é um “forum” publico e serve para colocar e discutir opiniões – quem não quer ver sua opinião escrutinada, não a publica.
          Como sabe que sou enfadonho ou desocupado?
          Conhece-me?
          Devia evitar fazer considerações ou juízos de valor sobre pessoas que desconhece completamente e apenas com base em algumas frases… isso, normalmente, dá asneira!…
          .
          Comentei a sua opinião porque achei piada por dizer que “começa a ser cansativo” fazer reciclagem – como se estivesse a fazer algum favor a alguém!
          Claro que ter o mínimo de civismo pode ser “cansativo”; o que não custa nada é juntar tudo e deitar o lixo porta fora!…
          Essa da economia agradecer, também está boa…
          Eu consumo porque preciso – não para a economia me “agradecer”!…
          .
          Agradeço a sua sugestão, mas tenho a reciclagem “em dia”!!

  4. desisti de fazer a separação de lixos, vejo muitas vezes os depósitos serem todos vertidos num contentor único. não sei qual a razão disto mas se depois de separarmos, vai tudo para o mesmo sitio, não vale a pena o esforço. tento reciclar no sentido de reaproveitar o que posso mas quando vai para o lixo, vai tudo para o mesmo saco agora.

    • Tens que ir à MultiOpticas!…
      E, se não sabes, não inventes!!
      Mas, já sabemos que ignorância é atrevida!…
      Só cabecinhas muito limitadas (e que não fazem a minima ideia de como funciona a recolha do lixo) é que espalharam estes mitos sem qualquer sentido…
      Podiam informar-se para não escrever disparates na internet, mas não era a mesma coisa!…
      .
      Como é natural, o lixo separado recolhido para reciclagem é vendido a terceiros, e portanto é uma fonte de receita, logo não faz qualquer sentido misturar para depois separar. Ou pior, misturar tudo para colocar num aterro, porque a empresa tem que pagar ao aterro para depositar lá o lixo indiferenciado – logo, isso representa uma despesa.
      Algum do lixo indeferenciado também é separado para reciclagem mesmo depois da recolha, por isso mesmo – porque tem valor comercial.
      É um sistema muito simples e até as crianças percebem.
      E o chimpanzé Gervasio demorou apenas 1h12m a aprender a separar a embalgens!
      “Se o Gervásio consegue, tu também conseguirás”
      Youtube.com/watch?v=x9Frmy9oqE8

        • Prova?!
          Isso vale ZERO!
          No mínimo, teriam que mostrar o interior do camião – como é óbvio!!
          Não percebi nada do video, nunca vi ecopontos desses, não sei que lixo tinha cada contentor, não sei se misturaram alguma coisa e, mesmo que o tenham feito, pode haver alguma razão para isso!..
          Infelizmente, a “revolta” foi tanta que o “activista de sofá” nem sequer saiu do carro para ir perguntar se estavam a misturar e porquê.
          Portanto, vale o que vale…

  5. Simplificando um pouco o processo da reciclagem: a primeira etapa de investimento em reciclagem é a de ensinar aos utentes a reciclar, aceitar esse acto como essencial e tornar esse hábito hereditário. A segunda fase de investimento é na frota de recolha e nos ecopontos. Só o último investento é na reciclagem propriamente dita, em instalações de elevado custo de construção e manutenção, o maior custo de todos. Enquanto o hábito de reciclar não fôr adoptado pela grande maioria das pessoas, essas instalações ficam praticamente paradas a degradar-se, o que inevitavelmente levaria alguém a dizer que se devia ter gasto em algo mais útil o dinheiro que elas custaram. Portugal ainda está praticamente na fase de ensinar os utentes. Por isso é que é muito importante prosseguir a reciclar: para não inverter todo o caminho já percorrido. Bem-hajam, Amigos!

    • Sim, concordo.
      Portugal está na média europeia em reciclagem. Melhor num indicadores, pior noutros, mas não diria que ainda “está a aprender”, embora sejam efectivamente os mais novos, o “motor” dessa mudança e, claramente, com muitas mais preocupações ambientais e de sustentabilidade do que mais velhos.
      “Portugal na média da UE na reciclagem de plásticos e fraco no papel e vidro”
      publico.pt/2018/11/29/sociedade/noticia/portugal-media-ue-reciclagem-plasticos-fraco-papel-vidro-1852912
      .
      Uma excelente medida é esta:
      “Quem devolver uma garrafa de plástico vai receber entre dois e cinco cêntimos”
      publico.pt/2019/07/19/p3/noticia/garrafas-plastico-1880533

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.