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Veados decapitados na Serra da Lousã. “Não foram caçadores”

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A GNR está a investigar a morte de dois veados na Serra da Lousã, no concelho de Castanheira de Pêra. Os dois animais foram encontrados no domingo, sem cabeça, numa área de reserva, onde é proibido caçar.

As imagens de um dos veados decapitado foi divulgada no Facebook por Marco Pais, residente em Castanheira de Pêra e fotógrafo amador que costuma registar imagens destes animais na Serra da Lousã.

“Ia eu em mais uma jornada de caça fotográfica aos veados, quando me deparo com um grande macho que aparentava ter sido morto a tiro, decapitado“, relata Marco Pais no Facebook a par de imagens do momento que registou.

Uma fonte das Relações Públicas da GNR de Leiria confirma ao Jornal de Notícias (JN) que as mortes estão a ser investigadas. “Estamos em diligências para apurar quem o fez“, aponta, salientando que a investigação é da competência do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR.

Não é uma situação de caça, uma vez que levaram a cabeça e deixaram o corpo”, aponta ainda a mesma fonte.

“Aquilo é uma zona de reserva, onde não há qualquer tipo de caça, nenhum animal pode ser abatido ali“, diz ainda Marco Pais ao mesmo jornal.

Marco Pais / Facebook

Veados decapitados na Serra da Lousã

Veado decapitado na Serra da Lousã.

O vereador dos Recursos Naturais e Bem-Estar Animal da Câmara Municipal da Lousã, Ricardo Fernandes, também se manifesta preocupado com a situação, embora as duas mortes tenham acontecido no concelho vizinho.

“Temos este problema da caça furtiva, em que acontecem estas barbáries. Isto não foi feito por caçadores, mas por criminosos”, salienta o vereador, pedindo mais vigilância para a Serra da Lousã.

Ricardo Fernandes nota que uma cabeça de veado para ser usada como elemento decorativo pode custar 3 mil euros.

Por outro lado, existe ainda o “risco de deixar as carcaças no local”, o que pode “levar à propagação de doenças“, alerta o vereador. Marco Pais diz ao JN que a carcaça “já está há, pelo menos, quatro dias” no local.

ZAP //

15 Comments

  1. Não é uma situação de caça com fins de alimentação. Mas parece mesmo uma situação de caça para obtenção de “troféus”!

  2. É para rir?
    Não foi um caçador?
    Foi um menino de coro, que por acaso até tem uma arma e a sabe usar para caçar um veado?
    É impressão minha, ou está mesmo a ficar tudo parvo e só mandam “bytaites”?
    P.S.
    Comecei a caçar (com arma), aos 16 anos. Deixei aos 20, depois de tomar consciência do ato e de conhecer
    muitos dos que se dizem caçadores e que matavam tudo que lhes passava na frente e muitos outros até com
    metodos proibidos…
    Conheçi até quem “pescasse” numa barragem, com velas de dinamite!
    Enfim… Vivemos numa sociedade hipócrita, porque os que mais se fazem ouvir, são quase sempre os que tem
    pouco ou nenhum “conhecimento da vida real” e os que os ouvem (a Boiada), ainda pior!!!

  3. Depois de consultar o VAR fica claro que estamos perante um caso de suicídio coletivo de membros de uma seita religiosa de veados.

      • Este não sabe o que é a ironia e o sarcasmo… Leia mais! Tem de se procurar polir mais.
        Eu percebi perfeitamente o que ele queria insinuar, tendo em conta o título da notícia e alguns dos comentários. É óbvio que foram caçadores com poucos ou nenhuns escrúpulos. É tão evidente que o comentador anterior optou, e bem, pela ironia e sarcasmo.

      • Até teve piada … Jonestown dos veados …

        À parte disso, o perpetrador merece, no mínimo, ser vergastado em público pois, tendo em conta o trabalho que a natureza teve a criar o veado, deveria, pelo menos, ter servido para alimentar alguém.

      • Concordo. E não me venham dizer que uma qualquer pessoa sem experiência de caça o conseguiria fazer. É uma vergonha como em Portugal se maltratam os animais. No entanto, também é preciso ter em conta que algumas espécies são tão bem sucedidas que já se podem considerar pragas (nomeadamente os javalis) com impactos evidentes ao nível agrícola e até rodoviário.. Deveriam autorizar mais licenças de caça de forma a repor algum equilíbrio. Em nenhum caso, porém, a carne poderia ser desperdiçada.

    • Pois…nem podia estar de outra forma…
      Matar e cortar a cabeça a um veado não é propriamente trabalho para uma pressão de ar…

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