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Valentim Loureiro acusado de sustentar segunda família com dinheiro público

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José Coelho / Lusa

Valentim Loureiro, ex-presidente da Câmara de Gondomar

O Ministério Público acusa Valentim Loureiro de arrendar imóveis em benefício da mãe dos dois filhos, enquanto exercia funções de presidente da Câmara.

O ex-presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de participação económica em negócio.

Segundo uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em Novembro de 2001, enquanto desempenhava as funções de presidente da Câmara, terá arrendado em nome do município dois imóveis em Nevogilde, no Porto, “à mãe de dois filhos seus”.

Os imóveis foram, alegadamente, arrendados pelo valor mensal de 1396,64 euros e destinavam-se ao alojamento, pela autarquia, de estudantes universitários provindos de Cabo Verde, no âmbito de um protocolo de cooperação e geminação.

A PGD acrescenta que o arrendamento terá durado 12 anos, até agosto de 2013. O autarca acabaria por sair do poder meses depois, impedido pela lei da limitação de mandatos de se recandidatar a um sexto mandato.

“O arguido agiu com o intuito de beneficiar a proprietária dos apartamentos em prejuízo do Município de Gondomar, uma vez que o arrendamento desrespeitava os critérios estabelecidos pela assembleia municipal, era desadequado em termos de localização e desconsiderava opções mais vantajosas e os inferiores valores médios de mercado para arrendamentos similares”, salienta a acusação.

Ao Público, Valentim Loureiro não quis prestar esclarecimento adicionais sobre a acusação do Ministério Público. “Digo apenas que tudo o que fiz foi legal.”

Valentim Loureiro completou cinco mandatos como presidente da Câmara Municipal de Gondomar, entre 1993 e 2013. Nos três primeiros, o autarca candidatou-se pelo PSD. Nos restantes dois mandatos – depois de o PSD lhe ter retirado a confiança política, em 2005, na sequência do seu envolvimento no processo judicial “Apito Dourado” – apresentou-se como candidato independente.

Em 2017, Loureiro recandidatou-se à presidência da autarquia em 2017, mas acabou derrotado pelo PS, conseguindo, contudo, eleger dois vereadores.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. Não escapa nenhum, não ha um que seja sério, uns de uma forma, outros de outra… são todos iguais.Não admira Portugal ter batido no fundo economicamente, mas há quem diga que foi dos Portugueses viverem acima das possibilidades, será????

    • Portugal bateu no fundo com Passos Coelho. E não concordo com o discurso que os políticos são todos iguais. Há políticos honestos e em último caso a culpa é dos eleitores que elegem corruptos e dos que se omitem de votar.

      • Car MF

        Desafio o a nomear me so 2 desses politicos honestos, só lhe peço que tenha em conta que não ha semana nenhuma que não apareçam noticias sobre novas suspeitas de corrupção e de desvios de dinheiros entre outras coisas.
        Fico à espera….

      • os eleitores nao votam nas pessoas mas sim no partido (é diferente para as eleiçoes do presidente da republica, ai sim votamos na pessoa).
        os partidos têm uma lista dos deputados que vao ser eleitos consoante o nº de votos.
        sendo assim, os culpados sao os presidentes/secretarios gerais, etc que estao à frente dos partidos que fecham os olhos aos amigos.
        quanto a este politico, reza a historia e dizem que ele ja roubava na tropa para vender aos outros. por isso foi expulso do exercito e quando se deu o 25 de abril ele mexeu os cordelinhos e regressou, mas nunca passou de major

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